quarta-feira, 25 de abril de 2012

Enfrentando as adversidades

Há coisas na vida que não se pode prever, nem muito menos evitar, só restando enfrentar.

As adversidades, são “seres” independentes, surgem sem permissão e põem-se a cumprir seu impiedoso papel de infortúnio.

Elas são imprevisíveis, incontroláveis, mas não absolutas. Para sobreviver a elas é preciso enfrentá-las, não permitindo que sejam onipotentes.

São difíceis, duras, mas não impossíveis, fazem parte, mas não são o todo.

Enfrentar as adversidades é um exercício necessário para não por elas se deixar vencer. Olhá-las de frente, bem nos olhos, e crescer diante de sua dura e cruel infelicidade que a faz ter a amarga e falsa certeza de que pode mais. Pobre dela.

As adversidades existem e sempre estarão pelo caminho cutucando a vida que se sábia for a empurrará tirando-a da frente e o caminho continuará a seguir.


terça-feira, 3 de abril de 2012

Feridas que sangram eternamente

Feridas que sangram para sempre, enquanto a mágoa não seca.

Não há remédio para mágoas não resolvidas, para culpas sem culpados, para dor sem foco.
Pode-se até conviver com elas, fazer de conta que não existem, mas elas lá estão como que num estado de camuflagem, disfarçadas, fingindo não ser, mas são. E são cruéis, insensíveis a impotência do “resolver” que nada pode fazer, a não ser sentir.
Como viver com a angústia do não saber como sanar o que não há como ser curado, mas dói impiedosamente?
A dor maltrata não te deixa dela esquecer, a todo tempo se mostra e te esfrega na face as perguntas que as causas das feridas não te deixam responder.
Não há remédio para fazê-las sarar, não há como estancar o sangue que delas escorrem, porque elas não querem se curar. De nada adianta quereres delas cuidar se elas próprias lutam para vivas permanecerem e a todo tempo quererem a ti atingir formando novas e dolorosas feridas insanas de cruel dor.
Pare de lutar contra o que não quer ser vencido, passe em ti o antídoto para novas feridas não surgirem e deixe as já existentes para trás perdidas na sua solitária amargura, por mais difícil que possa ser. Não permita que a dor que não tens como controlar nem extinguir lhe cause novos sofrimentos.