quarta-feira, 10 de setembro de 2014

A espera

Como é difícil, dolorida, amarga e infinita a espera.

Esperar pode ser um exercício de paciência e superação dos limites da tolerância.
Nem sempre o tempo cumpre o tempo determinado por quem tem que por ele esperar.

Como saber identificar o tempo de desistir para inicio dar a um novo e esperançoso aguardo? Talvez quando o esperar passa da ansiedade do conseguir para a angustia do dissabor de não mais querer.

A espera é válida e saborosa quando a luz da conquista pelo que se espera é renovada, mas a medida que ela se apaga pesarosa e insuportável torna-se o aguardo que passa a ter dimensões de interminável.

Esperar não garante alcançar, mas ter certeza e confiança no que se espera revigora as forças para no aguardo permanecer.

Ansiedade

A ansiedade é a pressa que aperta o coração em busca da resposta que o tempo, ainda, não teve tempo para responder!

Para toda conquista existe um desafio

Estava vendo um programa de TV quando fui surpreendida pela afirmação que dizia mais ou menos o seguinte: - toda conquista é precedida de um desafio.  Parei, pensei e me dei conta que nunca havia levado tal fato em consideração, realmente, não há conquista se não há desafio a ser superado. Por vezes a sede de obter o sucesso é tamanha que pouco importa o que deve ser suplantado para tanto, as barreiras acabam ficando em segundo plano, quando na verdade se deveria dar mais valor aos obstáculos a serem vencidos para atingir o alvo tão almejado, aproveitar mais o que os percalços do caminho podem oferecer, até mesmo para se saborear com mais ardor o alcance das metas desejadas.


É como participar de uma corrida e a ansiedade por cruzar a reta de chegada é tanta que acaba por fazer com que nada do caminho percorrido, que pode ter muito a oferecer, seja observado. As flores do percurso não são vistas, o vento da estrada que bate no rosto não é sentido, tudo jogado fora para só se mirar no alvo, na reta de chegada que quando finalmente é atingida pode não ter mais o mesmo significado de quando simplesmente era perseguida, o que me faz pensar que o caminho pode ser muito mais importante do que o que se pensa querer atingir.

Não há como ser abraçado sem abrir os braços

Não há como ser abraçado sem abrir os braços...
Parece uma frase tão óbvia e sem o menor fundamento de ser questionada.
Mas não é tão simples se doar para o abraço receber e para o amor deixar entrar. Tem que se estar disponível para tal. De nada adianta ter alguém a clamar por dar-lhe carinho e afeto se teu canal de recebimento estiver fechado. Se estiveres com teus braços fechados o abraço passará por ti e não irás perceber, somente ficarás sem ele e o que é pior, poderá até estar querendo e necessitando recebê-lo e nem se dará conta do porque não o tiveste, quando bastaria ter aberto teus braços do coração e se deixar abraçar.

O abraço conforta e acalenta quem dele carece, mas só alcança a quem para ele se abre. De nada adiante gritar no calado de teu próprio anseio de amor sem permitir que teu grito alcance teu desejo. 

Limiar entre o querer e a obrigação de ter que fazer

Quando o limite do querer se funde com a culpa da obrigação de ter que fazer.
Quando não é possível separar o desejo do sentimento de dever.

Por mais que se queira não se é capaz de distinguir sentimentos tão distintos, porém tão capazes de se sobreporem.

Sempre haverá uma satisfação a dar, uma resposta a fornecer, uma tarefa a cumprir, quando não se é capaz de dizer não e se achar desobrigado a ter que agradar a todos. Nunca será o suficiente quando se crê que se deve ao mundo, pois a dívida será do tamanho da "culpa" e por isso implacável, por que o cobrador é impagável, tem várias vertentes e é o mais cruel de todos, você.

Por mais que se faça, sempre e invariavelmente, estará devendo, um mar de pura frustração e dor que não tem remédio nem tão pouco um fim. Sofrimento eterno na busca que não finda nem ameniza, pois não há quem possa te absolver a não ser o seu próprio eu.


De onde menos se espera...

De onde menos se espera...

Quando tudo parece resolvido, nada mais por fazer, a vida pode surpreender...

Nada é definitivo ao ponto de não poder mudar, transformar o que parece pronto.

Olhe em volta, abra a mente e permita-se viver, simplesmente viver e deixar a vida entrar pelos poros da energia.


A vida vive e o mundo gira, simples assim...

E o Natal chegou...

E mais um Natal... e mais um ano todos em volta da mesa.

Pensamentos, vagos e diversos pairam por aquela sala aromatizada pelos cheiros das guloseimas que bailam pelo ar em busca de conquistar os estômagos famintos que se permitem a tudo saborear, certos da absolvição pelo espírito de Natal, misturam-se aos sentimentos que visitam as mentes nas festas natalinas para logo depois ao túnel perdido dos casos não resolvidos e sem resposta retornarem.

Magoas são esquecidas, ou postas de lado, amores expostos, piedade e compaixão prometidas, necessidade de doação aflorada, perdões distribuídos, raivas sanadas... e por aí vai até que o dia 26-12 amanheça e tudo comece a girar em prol do frison do badalado e esperado 31-12, como se fosse o ultimo dia a ser vivido e todo espírito natalino é guardado até que o próximo Natal chegue e com ele todos sentimentos regados ao cheiro inebriante das rabanadas e ao corre, corre pelo melhor presente.

E mais uma vez é Natal

Mas o que é mesmo que se comemora no Natal¿ 

Caos

No meio do caos existe vida.

Viver no caos pode ser proveitoso,

Olha-se para um lado, para outro, senta-se no chão e se pensa: o que fazer¿ Por onde devo começar¿ ...E dá uma vontade de sair correndo, deixar tudo e todos, como se o mundo não apresentasse nenhuma solução sequer.

Mas no meio dos destroços pode-se achar a saída, basta saber e querer olhar o caminho.
O caos pode ser o impulso.

Existe uma ordem própria na desordem que alimenta e fortifica.

Dos destroços pode surgir a solução há tempos procurada e não achada na plenitude da organização.