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Se nada na vida é para sempre como podemos querer que alguma coisa seja eterna pois se eterna ela fosse por onde trilharia se o chão da eternidade já não existiria e a ela não poderia amparar e a deriva, a pretensa, que desejaria eternidade, ficaria. 

Por que almejar o amanhã quando temos o hoje e vivemos o ontem? Por que querer o incerto quando temos o certo? Talvez por medo que o certo nos acerte com a flecha da certeza então preferimos as incertezas da dúvida que abrem varias possibilidades de certezas e não acerta em nenhuma.

Todos os dias passamos por inúmeras pessoas que em sua maioria jamais voltearemos a ver e se por um acaso do destino cruzarmos com alguma, não saberíamos sequer quem são, passarão despercebidas. Olhares que se batem e caem no vácuo do desconhecido e desprezado lugar do Universo reservado aos momentos sem importância. Energias que se cruzam e se perdem no momento seguinte, seres da mesma espécie que se desconhecem e se desprezam. 

O desequilíbrio pode ser o caminho para o equilíbrio.

Sair da linha de conforto, mexer com as verdades sabidas abre as asas da mente e da alma para as novas verdades.