Quando era criança, achava
que o mundo era grande o bastante para ser impossível todo ele conhecê-lo, que
o tempo era infinito e que o bem sempre venceria o mal incondicionalmente, sem
que nada precisasse ser feito para tanto.
Pois bem, foi crescendo e
começou a achar que o mundo era grande, mas não tanto, que o tempo era muito,
mas não infinito, mas sobre o mal continuou com as mesmas convicções de que o
mocinho sempre venceria no final.
Mais uns anos se estenderam
e o mundo ficou pequeno, o tempo escasso e veio a certeza de que as atitudes
fazem a diferença, que não há vencedor entre o bem e o mal e sim respostas e
consequências que serão dadas em de acordo com os caminhos seguidos e as
atitudes tomadas, que a vida é árdua, mas é bela.
E os anos continuaram mais
e mais e a vida viveu a cada dia, o mundo voltou a ser grande, o tempo retornou
ao infinito, as respostas suplantaram as perguntas feitas durante todo o seu
viver e ela se foi no vento.
O vento sobrou, rodou o
mundo na sua grandiosidade e na infinidade do tempo e voltou e ela com ele
retornou, olhou, sentiu e gostou e escolheu recomeçar tudo de novo outra vez de
um jeito único que cada existência tem.
Nada é igual, mas tudo se
repete.