segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Mais um dia ...


Mais um dia, que por acaso é o último de um ciclo que se chama ano. E assim vamos comemorar sua passagem e saudar a chegada do novo acreditando que tudo não feito, tudo não conquistado no velho será possível no novo.

Poderoso, poderia dizer Divino esse cara que chega na virada dos ponteiros da meia noite do trinta e um de dezembro para primeiro de janeiro. Mas o que será que traz na bagagem de tão novo assim que já não nos fosse conhecido e concedido? Perguntei a ele do alto de minha prepotência do já saber a resposta, achando que diria que tudo seria igual a todos os demais dias e ele me respondeu: esperança.

Olhei para ele com olhos que espelhavam meu espanto e surpresa e ele mais uma vez, com a humildade dos sábios me disse: nenhum momento é igual ao outro já vivido e sentido, a cada piscar de tempo tudo se renova nos dando a oportunidade de fazer e refazer se assim quisermos e desejarmos. Viva a energia da esperança coletiva do novo ciclo, se jogue nela sem julgamentos, sem culpas, sem perguntas, que seu único objetivo seja o de ser feliz! 

E assim ele me respondeu e abriu a porta do tempo deixando o novo entrar e seguir seu curso! 

Que no novo ano as energias se renovem, as esperanças brotem e os sonhos sejam tão sonhados e desejados ao ponto de se conseguir realizá-los. 


quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Encontros


"Escrevi esse texto, Encontros, em homenagem aos 14 anos do Corujão da Poesia que foi comemorado no dia 26/11/2019 no Bar Eclipse. Foi uma noite de muita emoção e alegria. Feliz de fazer parte desse grupo tão maravilhoso. Muito obrigado ao mestre João Luiz, o nosso João do Corujão por manter esse sonho vivo e cada vez mais cheio de energia."



Os encontros se fortalecem a medida que as pessoas se juntam em uma só energia, em um só propósito. 

Independente de raça, religião, gênero, crenças e verdades, estamos aqui com uma única finalidade. A de trocar e compartilhar a alegria do encontro que a palavra nos oferece. Seja ela dita, lida, cantada, interpretada ou só sentida. 

Somos seres livres, diferentes, com ou sem ligação, mas unidos pela mesma força que hoje nos trouxe aqui e que nos faz vibrar na sintonia da união do encontro.

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Nunca tive dezoito anos

Poderia dizer que já nasci adulto e com todas as prerrogativas que isso envolve. Por um longo tempo julguei que ocupava um lugar importante entre os mortais, um posto nobre com direito ao falso mérito de tudo poder resolver. Pulei etapas que jamais terei a oportunidade de resgatar.

Hoje sinto uma grande inveja da irreverência e até de uma dose da irresponsabilidade e do sentimento de vida eterna que essa idade traz. Mas como ainda estou cruzando a trilha posso deixar essa capa de “adulto super poderoso” de lado e vestir a que eu quiser viver.

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Mulher...

Não sou feminina, nem sou feminista, sou mulher.

Uma mulher que chora sem motivo aparente, que dá gargalhadas de alegria e de pânico, que uma hora quer uma coisa e no instante seguinte deseja o oposto. 

Que acorda magra e dorme gorda .

Uma mulher que se sente morta, fria para sempre e ao toque do seu amor arde de desejo com a libido no céu. 

Uma mulher que não segue dogmas e sim o instinto, o faro do animal fêmea que a habita.

Acorda chata e dorme com a paciência dos anjos.

Um ser inconstante como a própria natureza.

terça-feira, 27 de agosto de 2019

Girassol

Se brotássemos de uma semente que germinou e floresceu flor em um jardim com várias outras sem vínculos pré estabelecidos,

livres para escolher o próprio jardim pelas afinidades e energias afins, 

fossemos menos pacientes dos divãs e mais abertos a energia do sol que nasceu para todos.

Assinado um Girassol que por descuido nasceu gente. 














terça-feira, 13 de agosto de 2019

Inveja das experiências perdidas

Ai que inveja da irreverência da juventude que não teve, embora jovem fosse. O fizeram adulto quando ainda criança era ... e ele aceitou. Aceitou e fez disso sua bandeira, seu Pilar e assim sentiu-se um “Deus” capaz de tudo poder resolver. Pobre dele, um “Deus” de vento que apesar de morrer para fazer viver a glória e anseios alheios, tudo que conseguia era acumular as próprias frustrações e da própria vida esquecer.

segunda-feira, 25 de março de 2019

Olhar invertido

Procuras fora respostas para o que não consegues aceitar e mudar por dentro. 

Clamas por uma reação alheia que te liberte de teu sofrimento, mas teus apelos são em vão, por mais que exponhas tua amargura. Sentes como a gritar sem voz, como a apelar para o vazio. Vazio este preenchido tão somente pela tua própria piedade que implora pela aceitação que ninguém além de ti poderá conceder. 

E continuas a andar em busca, sem perceber que bastarias trocar o sentido de teu olhar para tua dor sanar. 

domingo, 17 de março de 2019

O prazer de ser dispensável

Sentir-se indispensável pode embutir, mesmo que veladamente, o desejo da gratidão e amor eterno e a certeza de possuir o poder destinado às divindades. Tais Seres acreditam que sua importância na vida daqueles a quem servem está diretamente ligada as tarefas desempenhadas e anseios realizados.

Porém, há momentos, que movidos pelo cansaço da doação sem o retorno esperado clamam por uma mudança de posição dos que julgam estar servindo, que nem sabem que têm um benfeitor a sua disposição e, portanto não percebem sua frustração. A dependência não é de quem recebe os benefícios e sim de quem os satisfaz em busca de sentir-se útil de forma a ser imprescindível e totalmente necessário à existência alheia. Por isso, mesmo insatisfeitos pela falta do prestígio almejado, permanecem dispostos a servir como verdadeiros escravos, mas, satisfeitos por acharem-se importantes e indispensáveis.

A carência do Ser que se coloca como imprescindível é tamanha, que não consegue enxergar o prazer que há em ser totalmente dispensável, desnecessário e ainda sim ser admirado e amado pelo simples fato de ser quem é.

domingo, 10 de fevereiro de 2019

Lamentável admitir, mas a cada dia vejo que estamos vivendo a era do cada um por si e ninguém por ninguém. Triste mundo de olhar invertido, voltado para dentro, alheio ao redor. Cegos de Alma.