terça-feira, 7 de outubro de 2014

A arte de fazer política

E o que é a política?

Ao ouvir a palavra política a primeira coisa que vem à cabeça são os políticos em busca de um lugar no tão cobiçado poder. Mas política é muito mais que isso, não se resume a uma guerra, muitas vezes insana, pelo trono de onde poderão ser ditadas as ordens a serem literalmente cumpridas. Política, a bem feita, é uma arte. Fazer política não é para qualquer um, embora seja essencial para o convívio em sociedade. Mas não basta querer, tem saber, tem que ser capaz.

A política faz parte da vida desde seu início, bastou nascer e ela se apresenta.  Está presente em casa, na escola, no bar da esquina, em todos os lugares. Para viver em coletividade tem que se fazer uso dela.

A política é uma arte e como tal tem que se ter sensibilidade para desempenhá-la bem. E nada tem a ver com a “síndrome do pequeno poder”, que é a doença que o poder desperta nas mentes de baixa autoestima incapazes de se fazerem respeitar por suas próprias ideias e se aproveitam das oportunidades, por menores que sejam, para colocar para fora suas frustrações através do mando incomensurável, sem porquês, sem regras e sem limites.

Faz parte das prerrogativas da política proporcionar o melhor convívio, de criar benefícios em função de um todo. E a arte está na capacidade de identificar os caminhos a serem seguidos em prol de atingir o cumprimento das necessidades de quem em sociedade vive.




quarta-feira, 10 de setembro de 2014

A espera

Como é difícil, dolorida, amarga e infinita a espera.

Esperar pode ser um exercício de paciência e superação dos limites da tolerância.
Nem sempre o tempo cumpre o tempo determinado por quem tem que por ele esperar.

Como saber identificar o tempo de desistir para inicio dar a um novo e esperançoso aguardo? Talvez quando o esperar passa da ansiedade do conseguir para a angustia do dissabor de não mais querer.

A espera é válida e saborosa quando a luz da conquista pelo que se espera é renovada, mas a medida que ela se apaga pesarosa e insuportável torna-se o aguardo que passa a ter dimensões de interminável.

Esperar não garante alcançar, mas ter certeza e confiança no que se espera revigora as forças para no aguardo permanecer.

Ansiedade

A ansiedade é a pressa que aperta o coração em busca da resposta que o tempo, ainda, não teve tempo para responder!

Para toda conquista existe um desafio

Estava vendo um programa de TV quando fui surpreendida pela afirmação que dizia mais ou menos o seguinte: - toda conquista é precedida de um desafio.  Parei, pensei e me dei conta que nunca havia levado tal fato em consideração, realmente, não há conquista se não há desafio a ser superado. Por vezes a sede de obter o sucesso é tamanha que pouco importa o que deve ser suplantado para tanto, as barreiras acabam ficando em segundo plano, quando na verdade se deveria dar mais valor aos obstáculos a serem vencidos para atingir o alvo tão almejado, aproveitar mais o que os percalços do caminho podem oferecer, até mesmo para se saborear com mais ardor o alcance das metas desejadas.


É como participar de uma corrida e a ansiedade por cruzar a reta de chegada é tanta que acaba por fazer com que nada do caminho percorrido, que pode ter muito a oferecer, seja observado. As flores do percurso não são vistas, o vento da estrada que bate no rosto não é sentido, tudo jogado fora para só se mirar no alvo, na reta de chegada que quando finalmente é atingida pode não ter mais o mesmo significado de quando simplesmente era perseguida, o que me faz pensar que o caminho pode ser muito mais importante do que o que se pensa querer atingir.

Não há como ser abraçado sem abrir os braços

Não há como ser abraçado sem abrir os braços...
Parece uma frase tão óbvia e sem o menor fundamento de ser questionada.
Mas não é tão simples se doar para o abraço receber e para o amor deixar entrar. Tem que se estar disponível para tal. De nada adianta ter alguém a clamar por dar-lhe carinho e afeto se teu canal de recebimento estiver fechado. Se estiveres com teus braços fechados o abraço passará por ti e não irás perceber, somente ficarás sem ele e o que é pior, poderá até estar querendo e necessitando recebê-lo e nem se dará conta do porque não o tiveste, quando bastaria ter aberto teus braços do coração e se deixar abraçar.

O abraço conforta e acalenta quem dele carece, mas só alcança a quem para ele se abre. De nada adiante gritar no calado de teu próprio anseio de amor sem permitir que teu grito alcance teu desejo. 

Limiar entre o querer e a obrigação de ter que fazer

Quando o limite do querer se funde com a culpa da obrigação de ter que fazer.
Quando não é possível separar o desejo do sentimento de dever.

Por mais que se queira não se é capaz de distinguir sentimentos tão distintos, porém tão capazes de se sobreporem.

Sempre haverá uma satisfação a dar, uma resposta a fornecer, uma tarefa a cumprir, quando não se é capaz de dizer não e se achar desobrigado a ter que agradar a todos. Nunca será o suficiente quando se crê que se deve ao mundo, pois a dívida será do tamanho da "culpa" e por isso implacável, por que o cobrador é impagável, tem várias vertentes e é o mais cruel de todos, você.

Por mais que se faça, sempre e invariavelmente, estará devendo, um mar de pura frustração e dor que não tem remédio nem tão pouco um fim. Sofrimento eterno na busca que não finda nem ameniza, pois não há quem possa te absolver a não ser o seu próprio eu.


De onde menos se espera...

De onde menos se espera...

Quando tudo parece resolvido, nada mais por fazer, a vida pode surpreender...

Nada é definitivo ao ponto de não poder mudar, transformar o que parece pronto.

Olhe em volta, abra a mente e permita-se viver, simplesmente viver e deixar a vida entrar pelos poros da energia.


A vida vive e o mundo gira, simples assim...

E o Natal chegou...

E mais um Natal... e mais um ano todos em volta da mesa.

Pensamentos, vagos e diversos pairam por aquela sala aromatizada pelos cheiros das guloseimas que bailam pelo ar em busca de conquistar os estômagos famintos que se permitem a tudo saborear, certos da absolvição pelo espírito de Natal, misturam-se aos sentimentos que visitam as mentes nas festas natalinas para logo depois ao túnel perdido dos casos não resolvidos e sem resposta retornarem.

Magoas são esquecidas, ou postas de lado, amores expostos, piedade e compaixão prometidas, necessidade de doação aflorada, perdões distribuídos, raivas sanadas... e por aí vai até que o dia 26-12 amanheça e tudo comece a girar em prol do frison do badalado e esperado 31-12, como se fosse o ultimo dia a ser vivido e todo espírito natalino é guardado até que o próximo Natal chegue e com ele todos sentimentos regados ao cheiro inebriante das rabanadas e ao corre, corre pelo melhor presente.

E mais uma vez é Natal

Mas o que é mesmo que se comemora no Natal¿ 

Caos

No meio do caos existe vida.

Viver no caos pode ser proveitoso,

Olha-se para um lado, para outro, senta-se no chão e se pensa: o que fazer¿ Por onde devo começar¿ ...E dá uma vontade de sair correndo, deixar tudo e todos, como se o mundo não apresentasse nenhuma solução sequer.

Mas no meio dos destroços pode-se achar a saída, basta saber e querer olhar o caminho.
O caos pode ser o impulso.

Existe uma ordem própria na desordem que alimenta e fortifica.

Dos destroços pode surgir a solução há tempos procurada e não achada na plenitude da organização.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Autor da própria vida...

Escrever a própria história, tarefa árdua, que por vezes pode parecer tão difícil que melhor seria delegar tal empreitada a outro alguém e receber o projeto pronto. O que certamente aboliria o trabalho e também a responsabilidade de algum percalço decorrente do fato mais inevitável: viver. Mas junto com descarte da desgastante missão de tomadas de decisão e o risco dos possíveis erros, deixar-se-ia passar a oportunidade de poder ser dono e senhor absoluto do próprio destino. Viver é complicado, mas quem foi que disse que seria fácil?


Ser autor da própria vida inclui a angustia das escolhas a serem feitas a todo o momento e o encargo por seus resultados, sejam eles bons ou ruins. Mas também dá a liberdade de poder ser, de tomar as rédeas do viver e ir escrevendo pagina por pagina, capitulo por capitulo e ir formando a historia que abraça e traduz o ser que vive e que busca incondicionalmente a melhor maneira. Não há formulas, nem manuais a serem seguidos, o que há é a determinação, a vontade de conseguir e de permanecer na incansável procura no meio da simplicidade complexa da inigualável experiência que é viver.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Para morrer basta estar vivo...

Para morrer, basta estar vivo!

Corriqueira esta frase, mas só se dá conta da mesma quando uma morte inesperada, se é que se pode dizer que alguma é esperada, pipoca aos olhos. Aí sim, para-se e pensa-se: - “Nossa, mas como isso foi acontecer, assim tão de repente?”

É fato, a morte não manda recado e nem aceita negociar seu prazo. Seja de que forma for ela chega na hora e no dia marcado por ela própria. E isso vale, indiscriminadamente, para qualquer ser que respire: Tá vivo, então é candidato a receber a visita inevitável de tal senhora.

A notícia de uma morte, muitas vezes desperta um sentimento de querer extinguir tudo que se acha que se esta fazendo de desnecessário. O efeito é como se aparecesse em um letreiro em letras gritantes que o tempo é curto e não será possível viver tudo que se deseja se não forem eliminadas algumas atitudes por completo. E prontamente é feito uma lista com tudo que se julga ter que parar de fazer e até de sentir imediatamente, antes que a bela senhora de ar sóbrio exerça seu poder de condução desta para aonde na realidade, por mais que se estude a respeito, ninguém sabe ao certo onde fica e muito provavelmente não quer saber.

Mas o tempo passa, os dias se seguem e a tal relação de fatos a serem abolidos vai ficando esquecida em um canto empoeirado qualquer da mente onde se armazena as prioridades adiadas até que de repente, sabe-se de uma nova visita da bela senhora e rapidamente a bendita lista é resgatada e com ela o sentimento de ter que se viver tudo e mais um pouco antes de ser o próximo da escala de visitas e ter que ir sem direito a pedido de nem mais um segundo com a tabela dos fatos instituídos como os mais importantes a serem vividos concluídos ou não.


terça-feira, 22 de julho de 2014

O fim das tradições...

As tradições...

Mas afinal o que são as tradições? E mais ainda, o que seria o fim das tradições?

Seria talvez o fim de uma era de conceitos pré-estabelecidos por uma ou varias gerações que estão se sentindo atropeladas pelo avanço da tecnologia e crescimento da virtualidade que une cada vez mais os povos os deixando cada vez mais distantes?

Seria o fim do calor no olhar, do apelo do contato que busca o afeto no aconchego das relações presencias que estão sendo trocados pelo dedilhar insano abrindo caminhos para milhares de “amigos” sem emoção de eternos sorrisos, que não sofrem, não entristecem e são felizes incondicionalmente no universo das amizades “perfeitas”?

Até que ponto vale a agilidade de um mundo eficiente em busca de satisfazer seus seres cada vez mais sem tempo de viver e desfruta-lo?  Esperar com ansiedade pelo carteiro que tarda em passar com a carta do ser amando, telefonar aos amigos aniversariantes no lugar de enviar um ágil e certeiro “watsapp”. Ok, o mundo não comporta mais tais hábitos, é isso? Não há mais tempo para viver as emoções que precisam de tempo para serem sentidas? Perfeito, o tempo é escasso, a vida é breve e a praticidade empurra aos “aplicativos” que abreviam o trabalho de viver e ao mesmo tempo encurtam o poder da mente em estender a vida.

Tá bom então, o mundo mudou, as atividades do dia a dia aumentaram e o tempo útil para dar conta de todas as tarefas diminuiu e ninguém em sã consciência condena a eficácia da agilidade virtual. Ok. Mas e a educação, a tolerância, os bons hábitos, a generosidade, o respeito, o compromisso com as regras e vários outros atributos que veem desaparecendo no tal “mundo moderno”, onde estão indo parar? E o romantismo então, aquele que aquecia o coração e afagava a alma? Ai que saudades de ser antigo. Pois é sumiram todos e pelo visto, nem no campo virtual estão.

Será que o mundo da praticidade, modernidade, ou sei lá como devo aqui nominar, não tem espaço para hábitos “antigos” dos tempos que as pessoas faziam contatos presencias, que sabiam a cor dos olhos com quem falavam? É talvez seja falta mesmo de poder de visão, pois a posição mais usual agora é de seres de olhos baixos fixados nos seus objetos do desejo que os leva para o país das maravilhas da virtualidade que aproxima e distancia os seres. Talvez quando se voltar a andar e olhar para frente e ao redor se possa resgatar certas coisas ditas ultrapassadas, como a educação e tantas outras que já caíram em desuso. Quem sabe um dia surja um novo “aplicativo” no mercado que resolva ou quem sabe a virtualidade possa extinguir qualquer forma de matéria e ai nada terá importância, quem sabe?


E as tradições, afinal, o que são e para onde estão indo? Por favor, se encontrar alguma por ai diz que preciso muito revê-las. 


segunda-feira, 30 de junho de 2014

A Festa

A festa, ah a festa... Quantas coisa para ver, buffet, decoração, música, figurino, bolo, salão... nossa não dá nem para respirar e então chega o grande e aguardado dia e a ansiedade para que tudo esteja impecável sem um senão sequer e como num piscar de olhos a festa termina e o pobre anfitrião fica com aquele gosto de pouco: “- Puxa não aproveitei nada, acabou...”
A festa em si passa como um raio, como um gozo de prazer que leva o ser ao ápice da satisfação e desaparece feito fumaça deixando gosto de quero mais. Talvez o mais importante seja viver a “verdadeira festa” que está contida nos preparativos, na agonia estimulante que antecede o evento. Nada mais prazeroso do que a angustia da espera por algo que muito se quer realizar. É uma expectativa que dói e faz feliz ao mesmo tempo, é um sofrimento bom, mas tênue, por isso frágil devendo ser vivido intensamente em todas suas minúcias sem nada deixar escapar, porque quando a lua se puser dando lugar ao sol, somente lembranças e recordações irão restar.


E vamos à festa!!

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Os Votos do Amor


A Estrada é longa, as vezes difícil... as vezes fácil... com curvas, imprevistos, lombadas... mas de repente a gente vê um olhar que olha... que olha nos olhos do coração e vê alma da gente.

Eu andei... e andei muito até ver que em um ponto da minha estrada lá estava você e ponguei no teu olhar e de lá fui até teu coração e me deliciei e me encantei com a tua doçura e generosidade, com a tua grandeza de ser e me apaixonei e entendi que havia encontrado o que há muito procurava sem nem ao menos saber que busca, pelo simples fato de não imaginar que tal dádiva estava reservada para mim. Encontrar você, José Augusto, meu Zé... me fez ter a certeza que devo ter muitos créditos com aquele cara lá de cima, porque só quem tem você fazendo parte da vida, como eu tenho, conhece o que é um homem que sabe fazer feliz, que se empenha em realizar os desejos e anseios de quem do coração dele faz parte.

Você está na estrada da minha existência, a qual sei que vou percorrer até o cume do infinito a teu lado de mãos dadas e almas entrelaçadas abençoadas pelo amor. O mesmo amor que nos aproximou ontem, que nos une hoje e que nos fortalecerá a cada amanha, casando todos os nossos tempos em uma só eternidade.

 

 

 09-05-2014

Ana Beatriz Salles Tannuri Miranda