Para morrer, basta estar
vivo!
Corriqueira esta frase,
mas só se dá conta da mesma quando uma morte inesperada, se é que se pode dizer
que alguma é esperada, pipoca aos olhos. Aí sim, para-se e pensa-se: - “Nossa, mas como isso foi acontecer, assim
tão de repente?”
É fato, a morte não manda
recado e nem aceita negociar seu prazo. Seja de que forma for ela chega na hora
e no dia marcado por ela própria. E isso vale, indiscriminadamente, para
qualquer ser que respire: Tá vivo, então é candidato a receber a visita
inevitável de tal senhora.
A notícia de uma morte, muitas
vezes desperta um sentimento de querer extinguir tudo que se acha que se esta
fazendo de desnecessário. O efeito é como se aparecesse em um letreiro em
letras gritantes que o tempo é curto e não será possível viver tudo que se
deseja se não forem eliminadas algumas atitudes por completo. E prontamente é
feito uma lista com tudo que se julga ter que parar de fazer e até de sentir imediatamente,
antes que a bela senhora de ar sóbrio exerça seu poder de condução desta para
aonde na realidade, por mais que se estude a respeito, ninguém sabe ao certo onde
fica e muito provavelmente não quer saber.
Mas o tempo passa, os dias
se seguem e a tal relação de fatos a serem abolidos vai ficando esquecida em um
canto empoeirado qualquer da mente onde se armazena as prioridades adiadas até
que de repente, sabe-se de uma nova visita da bela senhora e rapidamente a
bendita lista é resgatada e com ela o sentimento de ter que se viver tudo e
mais um pouco antes de ser o próximo da escala de visitas e ter que ir sem
direito a pedido de nem mais um segundo com a tabela dos fatos instituídos como
os mais importantes a serem vividos concluídos ou não.
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