quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

 O tempo voa nas asas do vento que varre as folhas deixadas ao pé da árvore que se esvazia sem se dar conta de sua míngua, 

Nada é eterno, mas que seja intenso enquanto durar, 

 E de repente o ciclo se encerra para outro entrar. 

Que venha um novo espaço de tempo a ser vivido

terça-feira, 27 de dezembro de 2022

 Existem vários caminhos para o mesmo destino e vários destinos dentro do mesmo caminho.

Somos vários e únicos dentro do mesmo ser 

domingo, 2 de outubro de 2022

Sabe o que eu queria agora?

Olhar pelos ombros do meu passado, puxar o tempo de volta e corrigir os erros que hoje me corroem a alma.

Sento no chão de minha dor para chorar pelo mal feito que não tenho como mudar.

Apunhalei-me pela frente, cara a cara sem ver a quem feria. Sinto a dor da fenda aberta pela haste que eu mesma cravei.

Nada a fazer,

Só me resta deixar o sangue da mágoa secar, a ferida cicatrizar e com ela conviver sem me deixar por ela sucumbir.

Aprender a viver sem uma perna, sem cair do alto do corpo. Equilibrar-me no espaço que me resta e fazê-lo ser maior do que o vazio da falta.

sexta-feira, 12 de agosto de 2022

 Andava eu pelas ruas sem nenhuma intenção, até que algo me chama atenção. Uma pessoa, sem falar nada, só com as mãos estendidas me direcionando o caminho.

Custei, mas depois de uns segundos reconheci: era eu me chamando de volta ao curso do qual havia me perdido. 


sexta-feira, 22 de julho de 2022

 Tudo passa, por mais infinito que pareça ser nada é eterno nem mesmo a própria vida que é efêmera na  essência do viver. 


quinta-feira, 21 de julho de 2022

 A cada dia tudo muda no mundo das emoções que ditam a eternidade interna de cada um que se desfaz no momento seguinte a presença de uma nova emoção. 


segunda-feira, 21 de março de 2022

A volta da echarpe

 

A ideia era encontrar uma padaria nas ruas frias da primavera de Lisboa, comprar um pão e seguir para casa depois de um dia cansativo e surpreendente na cidade Lusitana.

O clima estava frio, mas com aberturas esporádicas do sol que causava elevação da temperatura, o que me fez não notar a falta de minha echarpe verde que trazia enrolada ao pescoço.  

Rodei por três ruas até conseguir meu amado pão e quando volto pelo mesmo trajeto feito vejo minha echarpe verde pendurada em uma caixa de correio na porta de um pequeno prédio. Não acreditei e de forma automática levei a mão ao pescoço para me certificar do óbvio: havia perdido aquela que estava bem a minha frente.

Não caída na rua em um canto esquecida, mas presa à vista. Alguém a pegou e teve o cuidado de colocá-la ali, para quem a perdeu pudesse ter a oportunidade de achá-la, caso resolvesse refazer o caminho, o que eu fiz mesmo que por acaso, pois não tinha dado falta até aquele momento.

O foco em si não é o fato de ter encontrado o que nem sabia que tinha perdido e sim me admirar da maneira como aconteceu. Confesso que fiquei muito surpresa, mas ao mesmo tempo me perguntei o porquê da estranheza, afinal se alguém acha o que não lhe pertence o natural não é tentar devolver ao dono? Quando é que o normal virou exceção? Perdi essa aula na vida, eu acho.

 

 

quinta-feira, 17 de março de 2022

Saudades

 Saudades me dá de momentos vividos não mais possíveis...

Saudades me dá de mim, de um "eu" que queria ter sido que por vezes me visitou nos mesmos momentos dos quais hoje tenho saudades...

Saudades me dá

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Vida

Deixa a vida viver, fermentar, respirar.

Deixa ela viver o que tiver que viver.