Ah... como gostaria de correr entre as flores gritar e espalhar a tristeza que sinto.
Dói meu coração, mas me alimento da dor que as lembranças de uma memória deixada nos cantos do tempo me trazem,
Quero jogá-las fora no mesmo instante que quero voltar ao lugar onde não há dor e sim amor, mas não sei como lá retornar.
As memórias estão vivas, clamam por serem revividas e as feridas se fazem de mortas, mas ao leve toque se levantam e sangram cada vez com mais consciência da dor que parece nunca querer cessar.
Não quero mais responder as perguntas, buscar os motivos, identificar as culpas e esperar pela a absolvição travestida por ter a razão.
Não quero pagar a conta, por que não sei a quem devo, quero levantar e deixar a divida para quem se sinta por ela responsável, ou simplesmente deixá-la no “prego”, na lista dos títulos impagáveis por não se ter de quem cobrar.
Não posso apagar as paginas, mas sempre poderei outras escrever.
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