A onda vem se deita na areia, volta... vem e vai.
E a areia continua ali, parada, estática, imóvel.
E a onda se achando esperta, se derrama sobre a areia acreditando ser a dona da situação e nem percebe que ela, a areia, vai lhe sugando aos poucos sem vestígios deixar, fazendo-a acreditar que passa impune por seu território sem nada ter que pagar.
A areia é passiva, calada, condescendente. Não apresenta perigo aparente, aos olhos da onda se mostra firme e sem vontade, parecendo sempre disposta a servir de palco para ela que vem com tudo e se derrete sem medir espaço.
Ah... pobre onda, crente, crente que é a absoluta nem se dá conta que sem a areia para dar-lhe amparo nenhum espaço teria para suas madeixas poder jorrar.
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