São sete e meia da manhã, - tomo meu café-, puro, quente, amargo
Em algum lugar ainda é madrugada, as pessoas dormem e eu já a pensar no que fazer para o almoço,
Observo a vida passar pela janela, meu café esfria a espera de ser tomado,
Em algum lugar ainda é madrugada, - vejo o dia enquanto alguém ainda vê as estrelas,
Tudo me parece ao avesso, no mesmo mundo, um anda no teto outro no chão,
O vento bate a janela, ouço pessoas, pássaros, buzinas dos carros, crianças puxadas pelas mães que gritam e ninguém me nota, sigo no café já frio, a borra no fundo da xicara traz-me gosto de passado,
Meio dia e ainda estou sentada no mesmo lugar, -já amanheceu onde era madrugada- o dia vive rápido e eu ainda a pensar o que fazer para o almoço,
Não tenho fome, queria outro café, - o pó acabou –
O cachorro do meu vizinho latiu, reconheceu o cheiro do dono que abriu a porta, -mas que horas devem ser?-
O céu escureceu, ainda estou sentada no mesmo lugar, - já não escuto mais os pássaros,
A madrugada está aqui e eu ainda não sei o que fazer para o almoço...
Nenhum comentário:
Postar um comentário