“As
pessoas contam ao longo da vida, as mesmas histórias, boas ou ruins, de formas
completamente diferentes.” (José Augusto Miranda)
As histórias contadas são
construídas à medida que se passa pela vida e à medida que a vida passa vão sendo
contadas de formas diferentes.
As histórias são perenes,
porém mutáveis de energia. Eternas, mas não estáticas. Trazem ou deixam ver o
momento de quem as conta, mas só para os que sabem escutar com o coração. Quem
narra pode dizer uma coisa e quem escuta pode receber outra, cada um tem a sua energia
e sentimento para dar e receber.
As histórias confessam o
que os olhos da alma viram e sentiram de mais importante e marcante para aquele
ser que viveu tal fato. São únicas e individuais, nunca se vive a mesma coisa
duas vezes, nem igual a ninguém. Por mais igual que possa parecer, nunca será.
E únicas são na essência e
na narrativa. Hoje podem ser contadas de uma forma e amanhã de outra, mas continuarão
as mesmas histórias.
Os sentimentos mudam e a
maneira de sentir as próprias histórias também. Quando se é criança, a
inocência pode fazer ver as histórias menores ou maiores do que são. Mas à medida
que se cresce os pesos sobre os fatos vividos podem mudar, e as mesmas histórias
passarem a ser contadas de outra forma. Não por serem diferentes, mas por que
se sente diferente. A dor de ontem, pode não mais doer hoje, o que faz feliz
hoje pode não mais fazer amanhã. E assim a vida vai vivendo e contando suas histórias
montadas ao seu longo com a narrativa do momento do conto.
O que é contado hoje só
pertence ao hoje, pois hoje é hoje e nunca será ontem ou amanhã. O de amanhã só
será se o amanhã o revelar e o de ontem já foi e não mais voltará.
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