quinta-feira, 28 de abril de 2011

Para viver não basta nascer.

Parece automático e consequência um do outro... Nasceu então se começa a viver...
Nascer é um ato involuntário, não depende de ti, querendo ou não terás que nascer uma vez que concebido foste. Já para viver, implica em mais alguma coisa, tem que querer e ter vontade. Realmente fazer valer o ato de ter nascido, não basta ter sido parido.
A vida vivida requer empenho e determinação, dá trabalho e por vezes estressa. Já para a sobrevida, não tens que se desgastar tanto, simplesmente basta nascer e deixar seguir, sem força ter que fazer até que chegue o dia em que nada mais fará diferença, é apenas uma questão de contar tempo.
É uma livre escolha que o mundo te permite, só dependerás de ti fazer a opção. Sem esquecer, portanto, as consequências provenientes de cada uma delas.
Viver talvez possa ser equiparado a um grande quebrar cabeça, de figuras mutáveis que se alteram de acordo com o momento vivido e sentido. Tendo como estímulo nunca ser possível concluir o jogo, se fazendo necessária a eterna busca pelas peças para formar a figura que sempre se modifica a medida da inconstância das emoções que regem o estar vivo vivendo. O segredo, talvez seja justamente nunca acabar para continuar tentando e perseguindo o que nem se sabe se será possível de alcançar. Mais importante do que chegar, é percorrer o caminho.
O nascer com certeza é o início, porém não o essencial.
Viver é muito mais do que ter um coração batendo no peito e um corpo que se movimenta seguindo estímulos ordenados por um cérebro. Viver é sim ter um coração, mas que bate pelas emoções e não somente pelo sangue que por ele passa, é ter um corpo que vibra e sofre embalado pelas energias que dele emanam.
Viver é como desbravar uma floresta virgem, dá medo, não se sabe o que será encontrado. Mas faz-se necessário continuar seus mistérios desvendar para não surpreendido ser por uma fera inesperada que poderá surgir e tudo destruir se quem pela floresta passa não atento e disposto estiver a encarar o que vier.
Viver não é fácil..., mas alguém algum dia disse que seria? Toda grande obra muito trabalho requer em prol de valioso e satisfatório resultado que com certeza admirado será.
Quem somente nasce, perde a imensurável oportunidade de desfrutar as entranhas das emoções que somente são sentidas quando vividas elas são.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Roda Gigante.

Hora em cima, hora em baixo, de lado, subindo, descendo, parada... Um verdadeiro girar acompanhando o movimento do mundo, que por sinal é redondo, não é? Mas do que falas? O que está a girar? A vida! O que mais haveria de ser?
Conheces algo mais instável do que a vida? Mais inconstante e avesso a programação e predeterminação? Por mais que tentes, insistas em querer impor a ela tuas regras na expectativa que se torne previsível e dominável, ela escapa e lhe impõe seu próprio curso e ritmo, fazendo de ti seu discípulo e seguidor, ela manda, ela vive. Não adianta querer prendê-la ou pará-la, a vida se movimenta como se uma roda gigante ela fosse, girando em torno do imprevisível e surpreendendo o previsível que teima em querer estático ficar.
Sacrificam-se as emoções, quando se tenta a vida segurar, por não entender, ou por não querer entender, que nada é contratado, tudo é vivido e sentido, não sendo possível o resultado ser conhecido antes que ele se faça e se apresente.
Nada na vida é definitivo, nem mesmo a própria vida. E como uma roda gigante, a vida vai girando e passando por caminhos e fases que só se vive vivendo e só vivendo é que se vive. E por mais que se tente acelerar ou travar, a velocidade desta roda, não há como isso conseguir, pois a vida tem vida própria. A tu só restas simplesmente viver. Simplesmente, porém não fácil, por que conseguir viver e sorver o que a vida tem a oferecer, é atingir o lado complexo do singelo.
De altos e baixos ela se faz, e a cada altura que passa deixa sua marca e emoção registrada, todas são importantes. Porém algumas não são para guardar, apenas para viver e deixar ir, jogar fora, não percas tempo procurando entender o que não tem razão de ser.   
Horas em cima..., horas em baixo... Tudo faz parte, nada é por acaso, tem que ser sentido. Por muitas vezes se vem em baixo para pegar o impulso para subir mais alto, mas tem que querer empurrar e não parado ficar a esperar que algo ou alguém o faça por ti.
A velocidade da roda quem dá és tu.  Podes tonto ficar de tanto girar sem nada poder viver, indo do inicio ao fim sem pelo meio passar e sentir ou podes girar de modo que permita emocionado ficar com o frison de cada momento bem vivido e sentido, amenizando os percalços e solavancos que com certeza irás passar à medida que rodares.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Grito!!!!

Já sentiste uma vontade incontrolável de gritar? E mesmo com ele, o grito, a lhe apertar a garganta, teve que abafá-lo? E por que o grito? Gritar por que e para quem?  Talvez responder a esta pergunta seja mais difícil do que o grito engolir e fazê-lo descer pelo peito como uma bola de fogo a queimar todos os motivos que o fazem gritar.
São tantas as vezes que as emoções são sufocadas e os sentimentos deixados de lado que em um momento, quando menos se espera, ele, o grito, aparece e quer sair a gritar em busca de que lhe escutem e o façam parar. Ele não quer alarmar, quer ser ouvido, mas ninguém escuta, todos fogem, tem medo. Mas medo de que? O que ele, o grito, pode revelar de tão assustador?
Estava parado no meio de um turbilhão de pessoas que passavam de um lado para o outro sem se verem, como se únicas fossem a trilhar os caminhos perdidos do mundo e a boicotar os sentimentos que um dia se tornarão gritos sufocados no coração que vai gritar. Ah... andou, correu e gritou... mas não adiantou, não havia quem pudesse seu grito ouvir, estavam formando os seus próprios.
O grito preso no peito pode ser um sentimento aprisionado querendo ser sentido. Não adianta tentares a tua sensibilidade estancar, ela brota e sente. Prendê-la, só fará com que se tranque para um dia gritar pela primeira brecha que encontrar pelos labirintos que o coração com certeza haverá de formar.
Não é para fora que o grito tem que gritar, não haverá quem o escute, por que é dentro que está quem o formou e a ele não mais suporta prender.
A alma grita, o coração geme e mente cansa.
Deixar os sentimentos se sentirem pode a tua alma livrar da angústia do grito criar e o coração da amargura de ter que prendê-lo.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Afinal, o que mais importa na vida do que ser feliz?

“NADA”!  Diriam em coro com certeza todos aqueles que fossem perguntados.
Então, por que sofrer pelo inevitável?
Esperar pelo impossível?
Fingir o que não se sente?
Adiar o querer e viver no ontem na eterna espera do amanhã que nunca chega?
A felicidade não é uma utopia que só serve para ser venerada e desejada a distância, sendo destinada somente a seres irreais que não erram, porém não vivem.
Perde-se o bem mais precioso, que é o tempo, querendo tudo deixar resolvido, para só então depois pensar em como talvez fosse bom ser feliz. Só que o tempo não espera, ele passa e não volta.
O querer a felicidade é tão desejado, que se pode correr o risco de deixá-la passar na ansiedade por encontrá-la.
Passas a vida a buscar, buscas tanto que podes com ela cruzar e nem notar, por julgar que tenha que ser algo grandioso e inatingível para os pobres mortais. Esqueces que são as pequenas coisas que formam a tão almejada felicidade, não há receita nem formula, cada um sente a sua, a seu modo que é próprio e único.
As grandes obras são feitas em etapas de acordo com a inspiração do autor, que vai liberando a emoção na medida em que ela se apresenta e construindo o todo que é feito em pedaços.
A felicidade é a vontade de ser feliz e de por ela viver. É viver cada bom minuto como se o último ele fosse, mas com a sabedoria de eternizá-lo no coração da alma que sentirá as emoções de todos os instantes vividos e sentidos.
A vida é curta, e só tens uma, pelo menos uma de cada vez, então por que desperdiçar o que há de mais escasso, o tempo, com questões que não podes resolver?
Liberte-se da obrigatoriedade de felicidade eterna e queira ser feliz pelos segundos vividos e sentidos, afinal a vida é um todo que se vive em partes. Não se escreve um livro pulando os capítulos.
 

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O que fazer com as decisões que podem mudar a vida?

A todo instante as decisões se fazem necessárias, ninguém pode delas fugir, a não ser quem não queira viver e fique bem quieto esperando a onda passar para que tudo continue sem nada mudar.
Se quiseres viver, viver intensamente o que a vida te oferece, as decisões ficarão esperando por uma resposta, que só pode ser a tua e a de mais ninguém.
E o que fazer quando essas benditas respostas forem capazes de mudar e virar tua vida de ponta a cabeça? Nada mais será igual depois da tão aclamada e difícil resolução. E o pior é que só depende de ti, ninguém sobre a face da Terra poderá te ajudar, ninguém. Este papel é teu.
Não adianta pensar e repensar, nada vai aliviar ou amenizar o peso do mundo que sentirás nas costas dos sentimentos. Pois seja qual for o lado que escolheres, tua vida irá mudar no segundo seguinte. Ou por seguir na mudança de rumo ou por dele não querer saber, o certo é que nada será como antes após ter tido a opção de alterar o curso da vida. E aí? Como conviver com tamanha responsabilidade?...
Como pode ser tão difícil decidir sobre a própria vida? Vida que julgavas tão bem conhecer e seu dono ser. E de repente começas a perceber que a própria fica a vagar e a deslizar nas escorregadias vias labirínticas dos tortuosos caminhos do inconsciente que teima em surgir quando menos é esperado.
Pior do que a angustia de ter que escolher, é não ter a angustia. Poder escolher é um privilégio, mesmo que doloroso seja. Ter a opção é sempre melhor do que não tê-la. O difícil é ter a consciência que o aperto no peito a sufocar sem piedade em busca de respostas só pode ser afrouxado por ti, não adianta suplicar, não há como receber ajuda, só tu tens a chave do tesouro onde tão valoroso bem se encontra.
Já pensastes na hipótese de que decisões capazes de mudar tudo podem ser desejadas? Mesmo que de forma inconsciente? Quando se pede algo, corre-se o risco de conseguir. E se causa dúvida e é difícil de resolver é por que atrai e se atrai algo de frutífero há de ter. Caso contrário não teria qualquer relevância, dirias não e seguirias em frente sem desconforto algum.
Feliz de quem tem a dúvida e a opção de poder escolher.