quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Obrigação de continuar a ser feliz

A grande busca é pela felicidade, mas a mais difícil tarefa é a de mantê-la viva e resistente a todas as tentativas de fazê-la minguar ou até mesmo secar até a última e cruel gota.
É um árduo caminho percorrido até o tão esperado objetivo. Mas não há linha de chegada, não existe final para maratona, é um passo a passo diário.
A felicidade é como uma flor, linda e sensível. Tem que ser regada, levada ao sol, cultivada para não murchar. És o jardineiro de teu jardim, tens que dele cuidar, só depende de tu e de mais ninguém fazer com que floresça a cada dia.
Espinhos com certeza vão surgir, mas tire-os a medida que forem se apresentando, não permita que se tornem hastes agudas e fortes ao ponto de lhe ferirem a alma e não mais possam ser removidos. Não tens o direito de deixar que tua felicidade se vá, não basta apenas consegui-la, tens a obrigação de mantê-la viva e saudável, revigorada a cada dia.
A felicidade não é para poucos, é para quem luta por ela. Acredite, faça por onde, corra atrás dela, brigue por ela, pegue-a pelos cabelos, traga-a para si... e não a deixe escapar.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Os retornos da vida são resultados das decisões.

A vida é feita de escolhas e para cada uma delas há uma resposta única, precisa e intransferível.

Muitas vezes, tenta-se cortar o vinculo que une essas duas pontas, decisão e retorno, e tudo fica voltado para a consequência, como se fosse ela o sujeito da ação. Mas não há como fugir, para cada atitude sempre haverá uma resposta, mesmo que tardia ela virá, não há como dela escapar ou fazer de conta que não foste tu o autor de tuas escolhas e sob a capa de vitima querer se esconder.
A vida é uma grande obra em construção, uma coluna posta fora do lugar pode levar toda produção ao chão. E não adianta tentar responsabilizar mais ninguém além de tu, já que és o engenheiro responsável e como tal tens que estar atento a colocação dos alicerces, pois será sobre tu que cairão se vierem a ruir.

A cada instante a vida exige escolhas. Melhor seria, se possível fosse, pensar nas respostas que estás disposto a enfrentar antes de eleger qual caminho tomar, pois depois de preferido só te restará o retorno acatar.

És o escritor de tua história e como tal viverás as glórias ou os dissabores provenientes da forma como irás criá-la.
A vida, como uma obra de arte, tem a cara e o formato que seu autor quer que ela tenha.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Culpa

A velha e conhecida culpa! 

Companheira de tantos momentos, os quais já não mais lembrados, mas a carrasca da culpa não se deixa esquecer. Mesmo sem saber por que, se sente o nó apertado na garganta que quase sufoca.
Maldita seja!

Culpa bandida sem porque nem pra que, sem propósito, sem questão, sem motivo, sem razão.

Culpa de que afinal? Isso é o que menos importa, o fato é que ela está lá com razão ou sem razão. Ela chega sem fazer alarde, se instala como um bicho sorrateiro disfarçado de justiceiro e vai tecendo sua teia enrodilhando a presa numa culpa sem fim.
Maldita seja!

Culpa cruel, impiedosa, feitora, malvada, perversa.
Obscuro e tortuoso são os caminhos da culpa. Não há saída, não existem respostas, não há consolo.

Culpa por ter...
Culpa por não ter...

Culpa por ser...
Culpa por não ser...

Culpa por culpa, simples e cruel como ela mesmo é.
Insensível, não se abala ao assistir o minguar das energias de quem a sente e no desespero procura uma única resposta para dar em troca da perdida tranquilidade, o que não é possível, pois sempre haverá outra e outra cobrança e a tortura se estende a linha do horizonte.

A culpa é como o fogo, quente, forte, queima e destrói. Mas seu vigoroso poder não resiste ao da água, que mesmo fria e sem consistência pode unir frágeis gotas em um jato gigante e o fogo apagar.
Só se vence a maldita sendo maior que ela!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Apego as fraquezas


Por mais dolorido e insuportável que possa ser a convivência com elas, com as fraquezas, também pode ser um alento não “poder” delas se livrar.

As ditas fraquezas, por vezes podem se tornar resistentes a todas as tentativas frustradas de superá-las. Por quê? Será que são tão fortes e inabaláveis ao ponto de serem mais importantes do que a vontade de suplantá-las? O que será que escondem? Que protegem? E de quem?

Dominar as fraquezas é admitir estar pronto para novos temores enfrentar.

As velhas fraquezas são conhecidas, quase amigas de confidencias e desabafos. Livrar-se delas é decretar uma independência e abrir a porta para outras, afinal estás vivo e a vida vive, não dá trégua e elas fazem parte da sinergia do viver.

Atravessar a vida com as mesmas fraquezas pode ser por puro instinto de se proteger de novos riscos, o que na realidade te resguardará de desconhecidos abalos, mas com certeza te privará da emoção de se deixar invadir pelo inesperado e vir a gostar do que ele poderá te proporcionar.

Fraquezas só são fracas quando não dás a elas a possibilidade de a ti dominar. Fortes elas se tornam quando tu perdes o poder de querer vencê-las e acomoda-se no falso abrigo que elas te fornecem para não te deixar viver, prendendo-te na teia da mesmice, privando-te da continuidade do viver apegado a querer delas se livrar sem saber como fazer.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

As pessoas mudam pelos encontros

As pessoas mudam pelos encontros... Será?
Será que mudam ou se redescobrem, assumindo vertentes até então temidas e por isso escondidas?
Os encontros podem gerar a energia para que as “mudanças” se revelem, mas não para criá-las, se aparecem é porque sempre existiram apesar de ocultas.
Os encontros dão a mão as “mudanças” e a ajudam a sair da clausura que a falta de confiança as colocou.
Os encontros veem com os olhos do coração e sentem com a energia da alma, por isso podem fornecer a luz para que as “mudanças” sejam reveladas e apresentadas com o brilho e frescor de novidade.
Os encontros capazes de realizar “mudanças” são os de alma que se procuram mesmo sem saber, mas com a certeza de que um dia se encontrarão.
As pessoas mudam pelos encontros, ou se deixam revelar em sua mais pura e crua essência fortalecida pela vitalidade que os encontros lhe fornecem aconchegando os seus “eus” aprisionados em seu próprio eu?
Os encontros transformam ou libertam? Criam ou revelam?
Nada do que não existe pode ser descoberto.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Fabula - Os tubarões ladrões -

Esta Fabula foi escrita por um menino de 11 anos chamado Caio, que está descobrindo o mundo mágico da escrita e me pediu para colocar seu texto no meu blog, o que faço com muito prazer.


Os tubarões ladrões


Um dia o delegado do mar Sr. Golfinho recebeu uma reclamação de um peixe que o disse que uma quadrilha de tubarões o havia atacado de noite. A partir desse dia, o Sr. Golfinho saiu procurando os ladrões. Sr. Golfinho era um delegado muito sábio. Sr. Golfinho saiu para procurá-los mar a fora. Sr. Golfinho saiu com sua equipe e um de seus policiais avistou um navio velho onde exatamente estava a tal quadrilha e falou: - senhor, tem um navio abandonado ali. Sr. Golfinho achou interessante e foi lá ver e quando estava chegando bem perto falou para sua equipe: - um grupo vai por trás, outro grupo vai pelo lado esquerdo, um outro pelo lado direito e um vai pela frente. A quadrilha escutou quando os policiais estavam entrando. Tinha um tubarão mais burro e os outros tubarões falaram assim para o tubarão mais burro:- José vai lá ver o que houve, porque ouvimos um barulho lá no meio do navio. E o burro foi lá. A intenção dos outros era enganá-lo e José foi preso. Muitos anos depois José saiu da cadeia e foi falar com o delegado que tinha gostado muito do trabalho dele e o pediu para ser um de seus policiais e o delegado aceitou. Alguns dias depois o Sr. Golfinho saiu com sua equipe para ir procurar a quadrilha mais uma vez, e com eles estava o tubarão José que disse para o delegado que sabia onde a quadrilha se escondia e o delegado foi lá com sua equipe e a quadrilha estava lá e o tubarão José levou todo o credito e o delegado passou a ser tenente.


Moral da história: Quem com ferro fere, com ferro será ferido.


Caio Tannuri

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Inércia

A inércia é o descanso da mente e não o descaso do corpo.

Parar, até mesmo de pensar, por vezes pode ser o combustível para mais longe se poder chegar.

Estacar para continuar, para revitalizar, para viver.
O silêncio faz parte do som.

Tomar fôlego, se alimentar de energia para seguir e descobrir. Descobrir as respostas das perguntas que ainda não podes fazer.

A inércia é necessária para não desistir de o objetivo alcançar, mesmo que não se saiba qual.

O fervilhar das idéias vem do fogo brando que se alimenta da quietude do ser que de alguma indolência precisa para se fazer ser.

Calar para ouvir a voz do coração e por ele se deixar guiar.

Antes de voar, é preciso encasulado ficar a espera de o Universo poder conquistar com a força do não querer desistir de tentar.

A inércia faz parte do todo.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Surpresa

Surpresa que encanta que espanta que decepciona, que surpreende...

Surpresa que chega sem pedir licença, entra, fica e se aconchega no vácuo do teu olhar que procura, mas não encontra.

Queres a surpresa, mas não o preço de tê-la na essência do não saber quando, como e onde a encontrará.

Pensas nela somente como se boa ela fosse e por isso a deseja na ilusão de que é rara e escassa. 

Mas o que é na realidade o doce mistério de cada amanhecer se não a surpresa de ter um novo dia sem nada saber sobre ele por mais que penses que domínio possui sobre o inesperado?

A vida é uma eterna surpresa que se renova, dia a dia.

De nada adianta tentar preservar o que já foi ou almejar o que ainda está por vir. Viver a surpresa é desfrutar das emoções à medida que elas se apresentam, é viver vivendo e não esperando ou lembrando. O hoje jamais será igual à ontem, nem tampouco a preliminar do amanhã.




quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Problemas...

O que seriam das soluções se não fossem os problemas? Das respostas sem as perguntas? Da vida sem as barreiras a ultrapassar? Seria um viver morrido, um nascer com destino certo de nada ter que aprender e superar.

Os problemas existem para que as decisões possam ser tomadas e as soluções encontradas. De nada adianta ter os diamantes se não puderes usá-los. A sabedoria é a maior riqueza que se acumula na vida, mas só a tem que a cultiva. E como desenvolvê-la sem passar pelas dificuldades?
De que te serve o resultado se não tiveres a questão para resolver?

O doce só é doce para quem o amargo conhece.
Ter problemas não é sinônimo de ser infeliz, é estar vivo e vivendo em busca dos porquês, sendo que o mais importante não é resolver as questões e sim nunca deixar de tentar respondê-las. O mundo gira e quem nele não mergulhar do lado de fora ficará somente a observar a vida passar, deixando de lado a rica oportunidade de ser autor da própria história sendo somente ator passivo de um texto encontrado pronto.

Salvem os problemas! Sem eles jamais sentirás o sabor de poder superá-los.
De nada adianta ter os diamantes se não puderes usá-los...

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Assumindo as próprias limitações

Assumir as próprias limitações pode ser o começo para superá-las. Pois só se pode vencer o que se conhece e o que se enfrenta.

Admitir não ser capaz de tudo resolver e fazer é uma libertação, uma conquista da desobrigação de ter que ser perfeito.
Quem foi que disse que os limites têm que ser ultrapassados e superados?

A sabedoria, talvez esteja na aceitação de não ser possível a excelência atingir.  Quando tudo se sabe e se tem nada mais há por fazer. Não chegar pode ser o segredo de poder continuar a buscar o que não necessariamente se tem que saber o que é. Mais importante do que cruzar a linha de chegada é percorrer o caminho.

A vida é um eterno garimpar pelos diamantes que não se sabe onde e quando encontrar. O importante é saber identificar que o desejo por possuí-los é mais precioso do que propriamente tê-lo.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O Suicídio

O suportar, por mais que possa não parecer, tem um limite como tudo na vida tem.

O que na verdade está se querendo eliminar, quando no extremo do suicídio se chega a pensar ou em uma atitude mais desesperada concluísse o ato?
O objetivo pode não ser a morte carnal e sim se livrar do desespero que sufoca o ser que não tem como de suas amarras se libertar e então se deixa cegar e um fim dá ao que não tem mais como administrar.

É um feito misto de coragem e covardia, um conflito entre o acumulo e a falta de sentimentos que resulta em desistir de ser e um fim querer buscar.
O suicidar é o aflito desejo por solucionar o que não se consegue enfrentar e em uma alucinada tentativa de alcançar alívio dar-se fim a única chance real que há de permanecer na trilha do buscar.

O importante pode não ser conseguir tudo resolver, mas nunca deixar de tentar.
O suicídio acaba com o ser e não com suas limitações de viver.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O diferente

Como é difícil viver em um mundo que julga que os “iguais” são mais certos e felizes. Mas o que afinal é ser diferente? É estar fora dos padrões estabelecidos? Mas estabelecidos por quem?
 
O dito diferente talvez seja aquele que quebra as regras constituídas por um mundo que não as suporta, mas não tem coragem de ir contra e em nome da hipocrisia de ser aceito vai vivendo a triste realidade de ser um “igual”.

Os seres são únicos, individuais e distintos, não são iguais pela própria natureza. Não seria mais “normal” intitulá-los diferentes?
 
Para viver, é preciso ter coragem. Coragem para viver entre várias pessoas do mesmo mundo, porém com DNA exclusivo e intransferível e não apenas mais uma em um mundo que o padrão é seguir regras criadas em série, em detrimento das individualidades.

O mundo é constituído por pessoas com sentimentos e almas próprias que migram pelo universo do viver em busca de entender e defender suas diferenças perdidas entre os “iguais”.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Assumindo a si mesmo

Assumir as vontades e desejos pode incluir ter que enfrentar a dura e difícil tarefa de não agradar a todos, o que na realidade é uma louca tentativa dada a sua natural impossibilidade.

Viver a própria vida, sem se curvar a aprovação alheia, é uma atitude de coragem e autoconfiança.
Quem te disse que precisavas reverenciar as afirmações que não são tuas? Afirmações só são verdades para quem as cria e nelas crê, não sendo inabaláveis para o resto do mundo.

Assumir a dor e a alegria expõe a alma, mas fortalece o coração com as energias que revigoram a plenitude do sentir.
Ninguém além de tu será capaz de viver a tua vida, então por que delegar a tarefa da aprovação sobre o que só tu és dono e senhor?

Não queiras praticar o inconcebível ato de comparar-te a outro ser, pois és singular e absoluto, nem melhor nem pior, simplesmente único.
Tu és o juiz de tua consciência, só tu poderás julgá-la e conceder a ela a condenação ou absolvição, mas nem mesmo tu poderás livras-te de teus sentimentos, melhor assumi-los e senti-los, ou terás que afogá-los na angústia da falta de coragem para vivê-los.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Medo de ser feliz

A felicidade é o desejo mais almejado, porém contraditoriamente o mais temido.

Quanto mais longe mais cobiçada ela é, mas quando se aproxima vem acompanhada de um temor de perda, podendo fazer com que não queiras vivê-la pelo receio de perdê-la.

Por que sentir-se ameaçado pelo o que sempre ansiaste? Não se pode deixar de viver uma história por medo de não saber como se dará, pois só se vive vivendo.

A felicidade por vezes é vista de forma distante, só possível no imaginário, nos planos que não se permitem sair para a realização. Mas por quê?

Enquanto a tratares de forma utópica mais longe e irreal ela se apresentará. Para ser feliz é preciso acreditar e desejar ser.

De nada adianta ter as cores se não sabes colorir. As oportunidades se apresentam, mas se não estiveres atento elas se vão e tu nem vais saber que estiveram tão perto.

O medo pode servir de anestesia, mas tanto protege da dor quanto do prazer.

Ser feliz é uma construção que nunca termina, pois a delícia está justamente na busca do que julgas que será a tua conquista.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Ninguém vive sem emoção

No que afinal se resume a emoção?

Será que consegues viver sem ela? És capaz de pela vida passar sem sentir o coração parar pelos reflexos causados por essa especial sensação?

A emoção dá cor à história que escreves do teu viver, sem ela terias uma vida pálida sem sentido e motivo para estar e para ser.
É por ela que lutas e por ela que vences.

Ela, a emoção, te impulsiona e te revigora para seguires em frente e com energia para superar as adversidades.
O inebriar de uma conquista de tão intenso pode até doer e sufocar, mas nada mais é do que a doce presença da emoção que invade o coração de quem não teme ter de passar pelos medos e dificuldades em busca das realizações poder atingir.

As emoções batem e afagam, nem sempre se apresentam como desejadas, mas lá estão te dando os motivos para que sintas que vale a pena viver por elas e com elas.
As emoções não seguem regras ou qualquer tipo de programação. Apresentam-se sem aviso ou autorização, são independentes e altivas. Por mais que queiras a elas se fazer indiferente, estão lá a te afrontar e se fazer sentir como que um punhal a te rasgar o peito alcançando os mais profundos e inatingíveis protetores de sentimentos que possas pensar que tens.

A emoção é o sentimento responsável que faz a causa gerar o efeito.


quinta-feira, 16 de junho de 2011

Não se desespere tudo sempre pode piorar, mas também pode melhorar

Todas as situações por piores que estejam sempre podem piorar, é verdade. Mas também existe a possibilidade, embora muitas vezes deixada em segundo plano, de que ocorra uma melhora. Por que o lado ruim é sempre visto como o mais provável de ocorre? Os obstáculos recebem status que podem não ter, mas passam a ocupar um lugar bem mais sólido pelo medo de serem olhados e enfrentados.

Por muitas vezes se desiste por puro receio de não conseguir. Mas o que se esquece é que se joga fora uma opção que jamais volta. Nunca será desperdício o tentar acertar e a busca pelas conquistas.
Os fatos existem, os ruins e os bons, caberá a tu escolher a quais queres dar um maior grau de importância.

Priorizar a parte positiva, não quer dizer que se esteja renegando as negativas, apenas se fazendo a opção do que realmente tem mais relevância.

Pensar primeiro no que há de melhor para depois analisar as dificuldades, pode mudar o peso da situação, fazendo com que tenhas mais disposição de enfrentar as adversidades. Seria como comer antes de fazer uma longa caminhada, o que lhe daria mais disposição para trilhar os declives que poderiam surgir. A positividade sacia a alma como o alimento abastece o corpo.

O pensamento pode não mudar a situação, mas pode fazer com que altere a tua visão sobre ela, tornando-a mais fácil ou mais difícil de ser vivida.


quinta-feira, 9 de junho de 2011

Amanhã

O amanhã só pertence a ele e a mais nenhum tempo. De nada adianta querer antecipá-lo, só te trará a frustração de correr atrás do que não podes alcançar.

O amanhã está no futuro que nem sabes se virá. E se vier como será? Tu sabes? Nem tu nem ninguém, por mais sábio e conhecedor dos mistérios do mundo.
Viver no amanhã é perder o hoje que jamais voltará, quando passar já foi. Nada será igual, se não viveres cada minuto que a ti pertence do teu hoje, estarás jogando tão valiosa e única oportunidade pela janela do desperdício do não vivido e só te restará lamentar.

Estar com as expectativas presas no amanhã é o esperar para viver depois, um depois que jamais se tornará em agora, enquanto o hoje urge de ti, clama pelo teu viver para que não deixes perder a energia nos devaneios do incerto amanhã.
O amanhã é duvidoso, mas sedutor. Tem os predicativos clamorosos do desconhecido que encanta, porém não se revela levando suas presas a frustração da eterna espera.

Se não viveres o teu presente, amarrado no futuro sempre estará em busca das respostas as perguntas que não tiveste coragem de fazer. E como ter sanadas as questões que não foram formuladas?
O amanhã te protege do risco de viver. Mas também te priva das emoções inerentes do hoje. Anestesiado ficará imune a tudo que poderias ter, tanto de bom como de ruim, se no indefinido dia seguinte quiseres ficar.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Acreditar

Acreditar...

Fácil de falar, mas de sentir...
Mas acreditar em quem?
Quem poderia ser além de tu? Há alguém mais em quem devas depositar o merecimento da credibilidade de ser capaz de realizar o que almejas para ti? Por que é tão difícil simplesmente crer que tens competência? A dúvida, ou seria melhor dizer, o medo de admitir o mérito de poder SER só te trará o sofrimento da angústia de te sentires travado na linha de partida na amarga e eterna imaginação de como seria se pelo percurso trafegasse.
Se não acreditares em ti, ninguém mais o fará.
Por que é tão difícil? Medo de não alcançar o que queres? Mas se não tentares, nunca saberás e para ires em busca, tens que acreditar. Pois só acerta quem não tem medo de errar. Quem nada faz não perde, mas também não ganha. Os percalços fazem parte do caminho, mas não deves desistir de caminhar para deles querer fugir sem o teu objetivo mirar.
Não há como nadar sem se deixar pelas águas se molhar, como correr sem os pés no chão encostar, sem dormir sem os olhos querer fechar, SER sem na vida se jogar pelo medo do que está por vir. Só se vive vivendo e é só vivendo que se vive. Viver é nunca deixar de tentar e para isso tens que acreditar.
Acreditar é expor os nervos dos sentimentos, é rasgar as veias da emoção, é derramar o sangue que bombeia o coração, é ir sem pensar no chegar. É viver.
O acreditar é o estimulo do conseguir, é o caminho para atingir. Não importa se o alvo será alcançado, o que realmente vale é almejar consegui-lo.
Só terás aquilo que acreditas ser capaz de ter.
Não adianta o mundo torcer pela vitória, se quem está em campo não acredita que ela virá.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O Silêncio

O silêncio busca o que não pode silenciar e não sabe calar.

É o grito no escuro de quem não mais tem com quem falar.

É a angustia calada do grito desistido de ser.

O silêncio não diz, mas não exclui o que há para dizer.

É o vociferar mudo que não chega aos ouvidos, mas fere o coração que anseia por soltar o que sente na alma.

Podes falar, mas de nada vale o teu tão hábil discurso que em silêncio se transforma se não tiveres a quem dizer.

O silêncio não é do falar e sim do escutar. Tu silencias a quem não mais queres ouvir.

O silêncio maltrata a quem tenta no desespero recitar a palavra que não tem por quem ser ouvida e na aflição da busca mergulha na vastidão da escuridão de não ter com quem falar.

Silencias diante do clamar que não tens como atender e de surdo te faz na tentativa de amenizar a dor de tua incapacidade.

O silêncio sufoca quem muito tem a dizer, mas consola aquele que não mais consegue dizer por que já não sabe se sente.

O silêncio é o labirinto mudo dos pensamentos que não têm forças para emergir dos devaneios das mentes que de surdas se fazem por não mais suportarem se escutar.

O silêncio tudo vê e sente na amplitude de seu perene conhecimento do saber calar.

O silêncio fala a quem a ele sabe ouvir, a quem a ele se entrega e se permiti sentir o vibrar das energias que dele emanam e transbordam como que uma avalanche que abraça o não dito e grita o que tem que dizer.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

O Nada

O que é o Nada?

O Nada é o sufocar do todo que de tão repleto perde-se no meio do Nada.

O Nada é a porta por onde foges do surtar do excesso que o todo lhe causa. É o escapar para não se afogar no mar da angustia da exigência urgente e sufocante do todo que não para de ser e de crescer.

O Nada é o parar de respirar para não morrer de viver. É o sair para poder voltar.

O Nada não é o vazio, é o espaço no meio de um todo que não sabe parar.

Quando tão perdido estás por não saberes a que parte do todo atender, vem o Nada e te salva para não extenuares na busca de satisfazer o que não és capaz pelo simples fato de não haver como, pois o todo é do infinito e tu és do mundo.

O Nada é a ausência e não a inexistência da consciência. É preciso por vezes sair de cena para um respiro dar em prol da continuidade do existir.

O Nada é um estágio intermediário, um andar do meio, um artifício para não desistir, é um dormir acordado para não ter que partir.

Quando o todo asfixia a alma e a prende na escuridão do labirinto sem que o caminho possa ver, o vácuo do Nada o protege o deixando livre para simplesmente ser e em nada ter que pensar e fazer a não ser se energizar para o todo voltar.

O Nada, não é o não ser, é o ser em out pelo momento necessário para não ter que morrer para viver.
O todo se perde no Nada no anseio de desfrutar de sua sábia inércia para poder suportar sua  própria inabilidade de ser.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Como explicar os sentimentos.


Se é que têm explicação, os sentimentos, possuem uns dos porquês mais difíceis de serem respondidos. Eles, os sentimentos, surpreendem até mesmo e principalmente quem os sente. Por muitas vezes deixa seu possuidor completamente sem ter como defini-los e entendê-los.

Os sentimentos, não têm regra nem previsão, são literalmente inconstantes e fora de qualquer previsibilidade que possas querer imputá-los. São independentes e altivos, chegam e saem sem pedir licença, simplesmente são.

Por mais que penses ter sobre eles o domínio, eles, os sentimentos, te provam a toda hora que não mandas em nada em relação a eles. Mesmo que tu, teimosamente, insistas em a eles querer dominar.

Podes até iludir-se com a frágil capa de auto suficiência que só tu enxergas, mas que é apenas um disfarce para amenizar a tua real falta de controle e incapacidade de dominar essa quase entidade, que são os sentimentos, que mandam em ti.

Os sentimentos disfarçam-se de sensíveis e domináveis, quando na crua e nua realidade são sólidos e os verdadeiros senhores e lideres da situação. E assim vão regendo a orquestra dos corações que por eles vibram na doce ilusão que a eles dominam e nesse devaneio seguem na inabalável esperança de que controlam o que não têm como evitar.

De dependentes se fazem na rica trama que tecem em busca de suas presas que de forte se fazem, mas a eles se entregam sem poder resistir ao seu canto sedutor.

E quanto mais imune se achas, mais vulnerável a eles estará. Não desafies o desconhecido que de fraco e sensível nada tem. Na verdade, os sentimentos, guardam o eterno e sóbrio brilho do mistério não revelado nem mesmo a ti que pensas poder dominá-los.

Eles escamoteiam, amaciam e quando menos esperas ali estão prontos a te abraçar com o aperto da incomoda certeza de que deles nada sabes a não ser a magia do prazer de poder tê-los e senti-los.

Eles, os sentimentos, são involuntários, independentes, inconstantes e acima de tudo imprevisíveis, porém preenchem o vazio que inevitavelmente é formado quando deixam de se fazer existir minguando a alma que já não mais os sente, é um viver morrido viver sem eles.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Para viver não basta nascer.

Parece automático e consequência um do outro... Nasceu então se começa a viver...
Nascer é um ato involuntário, não depende de ti, querendo ou não terás que nascer uma vez que concebido foste. Já para viver, implica em mais alguma coisa, tem que querer e ter vontade. Realmente fazer valer o ato de ter nascido, não basta ter sido parido.
A vida vivida requer empenho e determinação, dá trabalho e por vezes estressa. Já para a sobrevida, não tens que se desgastar tanto, simplesmente basta nascer e deixar seguir, sem força ter que fazer até que chegue o dia em que nada mais fará diferença, é apenas uma questão de contar tempo.
É uma livre escolha que o mundo te permite, só dependerás de ti fazer a opção. Sem esquecer, portanto, as consequências provenientes de cada uma delas.
Viver talvez possa ser equiparado a um grande quebrar cabeça, de figuras mutáveis que se alteram de acordo com o momento vivido e sentido. Tendo como estímulo nunca ser possível concluir o jogo, se fazendo necessária a eterna busca pelas peças para formar a figura que sempre se modifica a medida da inconstância das emoções que regem o estar vivo vivendo. O segredo, talvez seja justamente nunca acabar para continuar tentando e perseguindo o que nem se sabe se será possível de alcançar. Mais importante do que chegar, é percorrer o caminho.
O nascer com certeza é o início, porém não o essencial.
Viver é muito mais do que ter um coração batendo no peito e um corpo que se movimenta seguindo estímulos ordenados por um cérebro. Viver é sim ter um coração, mas que bate pelas emoções e não somente pelo sangue que por ele passa, é ter um corpo que vibra e sofre embalado pelas energias que dele emanam.
Viver é como desbravar uma floresta virgem, dá medo, não se sabe o que será encontrado. Mas faz-se necessário continuar seus mistérios desvendar para não surpreendido ser por uma fera inesperada que poderá surgir e tudo destruir se quem pela floresta passa não atento e disposto estiver a encarar o que vier.
Viver não é fácil..., mas alguém algum dia disse que seria? Toda grande obra muito trabalho requer em prol de valioso e satisfatório resultado que com certeza admirado será.
Quem somente nasce, perde a imensurável oportunidade de desfrutar as entranhas das emoções que somente são sentidas quando vividas elas são.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Roda Gigante.

Hora em cima, hora em baixo, de lado, subindo, descendo, parada... Um verdadeiro girar acompanhando o movimento do mundo, que por sinal é redondo, não é? Mas do que falas? O que está a girar? A vida! O que mais haveria de ser?
Conheces algo mais instável do que a vida? Mais inconstante e avesso a programação e predeterminação? Por mais que tentes, insistas em querer impor a ela tuas regras na expectativa que se torne previsível e dominável, ela escapa e lhe impõe seu próprio curso e ritmo, fazendo de ti seu discípulo e seguidor, ela manda, ela vive. Não adianta querer prendê-la ou pará-la, a vida se movimenta como se uma roda gigante ela fosse, girando em torno do imprevisível e surpreendendo o previsível que teima em querer estático ficar.
Sacrificam-se as emoções, quando se tenta a vida segurar, por não entender, ou por não querer entender, que nada é contratado, tudo é vivido e sentido, não sendo possível o resultado ser conhecido antes que ele se faça e se apresente.
Nada na vida é definitivo, nem mesmo a própria vida. E como uma roda gigante, a vida vai girando e passando por caminhos e fases que só se vive vivendo e só vivendo é que se vive. E por mais que se tente acelerar ou travar, a velocidade desta roda, não há como isso conseguir, pois a vida tem vida própria. A tu só restas simplesmente viver. Simplesmente, porém não fácil, por que conseguir viver e sorver o que a vida tem a oferecer, é atingir o lado complexo do singelo.
De altos e baixos ela se faz, e a cada altura que passa deixa sua marca e emoção registrada, todas são importantes. Porém algumas não são para guardar, apenas para viver e deixar ir, jogar fora, não percas tempo procurando entender o que não tem razão de ser.   
Horas em cima..., horas em baixo... Tudo faz parte, nada é por acaso, tem que ser sentido. Por muitas vezes se vem em baixo para pegar o impulso para subir mais alto, mas tem que querer empurrar e não parado ficar a esperar que algo ou alguém o faça por ti.
A velocidade da roda quem dá és tu.  Podes tonto ficar de tanto girar sem nada poder viver, indo do inicio ao fim sem pelo meio passar e sentir ou podes girar de modo que permita emocionado ficar com o frison de cada momento bem vivido e sentido, amenizando os percalços e solavancos que com certeza irás passar à medida que rodares.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Grito!!!!

Já sentiste uma vontade incontrolável de gritar? E mesmo com ele, o grito, a lhe apertar a garganta, teve que abafá-lo? E por que o grito? Gritar por que e para quem?  Talvez responder a esta pergunta seja mais difícil do que o grito engolir e fazê-lo descer pelo peito como uma bola de fogo a queimar todos os motivos que o fazem gritar.
São tantas as vezes que as emoções são sufocadas e os sentimentos deixados de lado que em um momento, quando menos se espera, ele, o grito, aparece e quer sair a gritar em busca de que lhe escutem e o façam parar. Ele não quer alarmar, quer ser ouvido, mas ninguém escuta, todos fogem, tem medo. Mas medo de que? O que ele, o grito, pode revelar de tão assustador?
Estava parado no meio de um turbilhão de pessoas que passavam de um lado para o outro sem se verem, como se únicas fossem a trilhar os caminhos perdidos do mundo e a boicotar os sentimentos que um dia se tornarão gritos sufocados no coração que vai gritar. Ah... andou, correu e gritou... mas não adiantou, não havia quem pudesse seu grito ouvir, estavam formando os seus próprios.
O grito preso no peito pode ser um sentimento aprisionado querendo ser sentido. Não adianta tentares a tua sensibilidade estancar, ela brota e sente. Prendê-la, só fará com que se tranque para um dia gritar pela primeira brecha que encontrar pelos labirintos que o coração com certeza haverá de formar.
Não é para fora que o grito tem que gritar, não haverá quem o escute, por que é dentro que está quem o formou e a ele não mais suporta prender.
A alma grita, o coração geme e mente cansa.
Deixar os sentimentos se sentirem pode a tua alma livrar da angústia do grito criar e o coração da amargura de ter que prendê-lo.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Afinal, o que mais importa na vida do que ser feliz?

“NADA”!  Diriam em coro com certeza todos aqueles que fossem perguntados.
Então, por que sofrer pelo inevitável?
Esperar pelo impossível?
Fingir o que não se sente?
Adiar o querer e viver no ontem na eterna espera do amanhã que nunca chega?
A felicidade não é uma utopia que só serve para ser venerada e desejada a distância, sendo destinada somente a seres irreais que não erram, porém não vivem.
Perde-se o bem mais precioso, que é o tempo, querendo tudo deixar resolvido, para só então depois pensar em como talvez fosse bom ser feliz. Só que o tempo não espera, ele passa e não volta.
O querer a felicidade é tão desejado, que se pode correr o risco de deixá-la passar na ansiedade por encontrá-la.
Passas a vida a buscar, buscas tanto que podes com ela cruzar e nem notar, por julgar que tenha que ser algo grandioso e inatingível para os pobres mortais. Esqueces que são as pequenas coisas que formam a tão almejada felicidade, não há receita nem formula, cada um sente a sua, a seu modo que é próprio e único.
As grandes obras são feitas em etapas de acordo com a inspiração do autor, que vai liberando a emoção na medida em que ela se apresenta e construindo o todo que é feito em pedaços.
A felicidade é a vontade de ser feliz e de por ela viver. É viver cada bom minuto como se o último ele fosse, mas com a sabedoria de eternizá-lo no coração da alma que sentirá as emoções de todos os instantes vividos e sentidos.
A vida é curta, e só tens uma, pelo menos uma de cada vez, então por que desperdiçar o que há de mais escasso, o tempo, com questões que não podes resolver?
Liberte-se da obrigatoriedade de felicidade eterna e queira ser feliz pelos segundos vividos e sentidos, afinal a vida é um todo que se vive em partes. Não se escreve um livro pulando os capítulos.
 

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O que fazer com as decisões que podem mudar a vida?

A todo instante as decisões se fazem necessárias, ninguém pode delas fugir, a não ser quem não queira viver e fique bem quieto esperando a onda passar para que tudo continue sem nada mudar.
Se quiseres viver, viver intensamente o que a vida te oferece, as decisões ficarão esperando por uma resposta, que só pode ser a tua e a de mais ninguém.
E o que fazer quando essas benditas respostas forem capazes de mudar e virar tua vida de ponta a cabeça? Nada mais será igual depois da tão aclamada e difícil resolução. E o pior é que só depende de ti, ninguém sobre a face da Terra poderá te ajudar, ninguém. Este papel é teu.
Não adianta pensar e repensar, nada vai aliviar ou amenizar o peso do mundo que sentirás nas costas dos sentimentos. Pois seja qual for o lado que escolheres, tua vida irá mudar no segundo seguinte. Ou por seguir na mudança de rumo ou por dele não querer saber, o certo é que nada será como antes após ter tido a opção de alterar o curso da vida. E aí? Como conviver com tamanha responsabilidade?...
Como pode ser tão difícil decidir sobre a própria vida? Vida que julgavas tão bem conhecer e seu dono ser. E de repente começas a perceber que a própria fica a vagar e a deslizar nas escorregadias vias labirínticas dos tortuosos caminhos do inconsciente que teima em surgir quando menos é esperado.
Pior do que a angustia de ter que escolher, é não ter a angustia. Poder escolher é um privilégio, mesmo que doloroso seja. Ter a opção é sempre melhor do que não tê-la. O difícil é ter a consciência que o aperto no peito a sufocar sem piedade em busca de respostas só pode ser afrouxado por ti, não adianta suplicar, não há como receber ajuda, só tu tens a chave do tesouro onde tão valoroso bem se encontra.
Já pensastes na hipótese de que decisões capazes de mudar tudo podem ser desejadas? Mesmo que de forma inconsciente? Quando se pede algo, corre-se o risco de conseguir. E se causa dúvida e é difícil de resolver é por que atrai e se atrai algo de frutífero há de ter. Caso contrário não teria qualquer relevância, dirias não e seguirias em frente sem desconforto algum.
Feliz de quem tem a dúvida e a opção de poder escolher.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Nada na vida é definitivo, nem mesmo a própria vida.

Nada, por mais consistente, sólido e definido que possa parecer é definitivo. Tudo pode mudar a qualquer hora de uma hora para outra por mais força que se faça para segurar o que não se pode deter.
A vida é mutável, vive independente do querer, pulsa pelas vísceras do existir sem que para isso nada tenha que ser feito. Ela vai sem destino, mas com rumo certo a trilhar os percalços desordenados do caminho traçado pelos lampejos acordados no movimento do acontecer.
Tudo está ali, mas sem estar definido e marcado, simplesmente está latente no peito que sente a certeza de que algo há, mesmo sem saber o que. Só importa saber que existe.
O mundo gira e volta ao ponto do início que coincidi com o fim do recomeço e com o recomeço do fim. Tudo volta, mas não repete, nada é igual, nada perdura, a plenitude não é plena, ela oscila, mescla nas cores do viver que a leva e traz ao seu bel prazer.
O destino é sábio, mas não sabe o que está por vir, ele é frágil e se entrega aos devaneios do viver, que se encarrega de desfolhar as fases do suceder.
É prazeroso o inesperado do mudar, virar do início ao fim e na desordem do montar outro sentir o “frisson” de uma nova conquista? E a angustia do não saber o que estás prestes a conhecer no delinear de tua construção? Como conviver com tantas sensações sem nem ao menos saber onde irás chegar? Talvez seja esse o estimulo que procuras, ou realmente não importa saber o que, nem porque, nem aonde se vai, bastando ir, simplesmente ir. Mas isso só tu poderás responder-te, se a ti fizeres a pergunta, se é que queres fazer.
No sombrio mundo do desconhecido, mora o deleite do descobrir.





quinta-feira, 17 de março de 2011

A raiva contida

Até nos seres mais pacatos, aparentemente inertes, pode-se observar momentos de pura fúria com seus “monstros internos” se materializando para atingir o primeiro, coitado, que estiver pela frente. Começa como uma onda que cresce e torna-se gigante passando por cima de tudo e de todos sem discriminação e após algum tempo vai perdendo força voltando ao estado de inércia anterior. Mas o estrago deixado é grande e por muitas vezes irrecuperável.
O que será que liga o botão dentro de um ser o fazendo liberar sentimentos capazes de torná-lo outro irreconhecível até para ele próprio? Incapacidade de ter autocontrole ou ter controle demais?
Parece que funciona como uma caixa em que tudo se guarda de bom e mau, misturado e sem distinção até que a capacidade de armazenagem chega ao limite e sem mais nem menos ela explode sem nenhum motivo justificável para o tamanho do grau de estilhaços que é capaz de produzir.
A raiva é um extravasar do que não se pode suportar, é um grito, um botar para fora, mas sem domínio da força com que se coloca, é irracional, é demoníaca e destruidora para quem a dissemina, ela fere a alma de quem a sente. 
A raiva causa uma sensação de embriaguez ao seu condutor que pode sair a atropelar como se dirigindo um carro desgovernado estivesse, pois está a guiar o sentimento do querer atingir sem razão e sem por que, porque a raiva não tem razão por mais razão que possa ter.
O controle do descontrole de pensar que tudo deve ser absorvido e guardado gera o descompasso do suportar que ao ponto de transbordar chega quando não mais pode suportar.
As emoções dominam a quem a elas se entrega... Mas há como a elas não se entregar? És capaz de por elas não se deixar dominar? Será possível resistir ao canto inebriante do fervor do desequilíbrio liberado pela ira que entorpece o sentido da coerência?
A raiva corrói e destroça a quem a ela carrega. E para pesar de seu possuidor, não causa dano algum ao ser que por ele é mirado para receber seus efeitos, a não ser ele próprio que vai deixando amargar a alma pelo fel que dela desprende até o ponto de “empretecer” e minguar no apagar da solidão no meio dos muitos que a carregam e solitários se sentem e permanecem.
Ela bate, maltrata a quem pensa que com ela está a atingir a quem nem sequer sabe que por ele há tal sentimento.
A raiva só tem um lado e somente a esse pode alcançar e ferir.

quinta-feira, 10 de março de 2011

O olhar o mundo com os olhos do alheio

Será que é possível ver o mundo pelos alheios?
Talvez seja no mínimo audacioso pensar ser capaz de conseguir executar tal feito, mas também frustrante e desgastante à medida que se tenta e só se consegue ter o duro e inevitável fracasso por um feito impossível, embora a constatação do insucesso não seja tão imediata.
Parece óbvio que as verdades são individuais, cabendo a cada ser responder suas próprias perguntas e questões, mas não é raro deparar com “eus” que acreditam ser capazes de ver o mundo com os olhos dos “eles” com a certeza de terem as respostas certas e definitivas. E o sofrimento é inevitável para os “eus” que entram pelo devaneio de darem pelos “eles” respostas que não são as dos “eles” não lhes dando o direito de terem as suas próprias, pois nem sabem que estão sendo perguntados.
Pode-se passar a vida a responder sem nunca se ter perguntado, agindo como se prontas as respostas fossem e as tomando como verdades definitivas e insolúveis, perdendo-se a oportunidade de escutar as verdadeiras se perguntadas elas fossem.
Se não perguntares, não saberás e se não souberes, não entenderás. Podes estar a sofrer pela ótica de ver o que não lhe cabe, pura e simplesmente por que teus olhos não são capazes de ver o que queres saber sobre o ser alheio. Não tentes responder as perguntas que não são tuas. Não tentes sair de ti para sentir com o sentimento que não lhe pertence. Dê a “eles” a chance de contar ao teu “eu” o queres saber.
Por que tentar ver pelo ser alheio, quando parece ser muito mais fácil perguntar o que ele está vendo e sentindo? Por receio da resposta? Pode ser mais fácil se ter a resposta que se quer ter do que a verdadeira? Mais e o risco de ter uma melhor do que se pensa se a oportunidade de escutar for dada? Pode-se estar morrendo antes de viver.
Tentar adivinhar o que o ser alheio pensa, não só é uma tarefa inoperante como também pode ser um longo, temerário e cansativo caminho que a nenhum lugar irá levar, além de se furtar de saber o que “ele” realmente pensa, pois pode ser que “ele” nem esteja pensando nada de coisa nenhuma.


Antes de responder, pergunte, a resposta pode te surpreender.


quinta-feira, 3 de março de 2011

Os labirintos que a mente forma

A mente tem poderes desconhecidos até para o próprio que a abriga. É capaz de formar um emaranhado tal como um labirinto que pode prender e sufocar o ser que de exaustão se entrega ao domínio da prisão.
A mente tem vida própria, nela são armazenados sentimentos e lembranças que não são capazes de serem detectados por qualquer sentido do corpo. Mas lá estão a servir de base para que a mentora fique a maquinar e elaborar construções com material que só ela possui e não conta a ninguém. Vai traçando e traçando uma verdadeira trama, que pode ser indissolúvel a quem a ela se entrega sem questionar. É poderosa e dona da situação. Melhor não tentares confrontar, melhor a ela se aliar, pois ela pode e sabe que pode, e tu pensas que pode.
Os labirintos tecidos pela mente são perigosos, feitos sem o auxilio da razão. São ilógicos e encharcados de uma emoção temerária, que venda os olhos do coração não o deixando ver os vários lados que por ali estão a passar e a pulsar.
A mente começa a girar até ao ponto de latejar pela dor que está certa que deverá sentir. Não há espaço para saída, só há o caminho do descaminho e por mais que se procure a porta, não tem como achar... por que não se “pode” por ela passar. O martírio da mente aprisiona e escraviza o ser que por ela se deixa dominar. Ela o joga a lugares desconhecidos e escuros, sem saída. E caberá somente a ele o escape encontrar. Mas ela está no comando e luta com a força de quem pensa que manda e acredita dominar. As correntes por ela lançadas se fecham em volta do ser e o deixam em um canto sombrio do labirinto por ela formado. Ela não o quer fora, por que a ele não pode enfrentar, então tem que aprisioná-lo por medo que venha a ela dominar. Mas o que será que causa tamanho temor que a faz castigá-lo sem dó e direito a concessão?
A autoridade dada a mente, que a torna seu próprio carrasco e feitor, fazendo com que vires escravo de seu próprio ser pode ser um meio que encontraste de protegeste de ti? Seguindo pelos caminhos obscuros enredados pela vastidão de tua mente pode chegar a posição de perdido ficar e não mais a ti encontrar.
Os labirintos da mente torneiam o entendimento do desconhecido no grau da vontade de ser entendido.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

As pessoas da nossa estrada

As pessoas da estrada da vida de um ser, não necessariamente são as que estão mais próximas. Podem existir aquelas que estão na história, mas não integram a essência do autor da mesma, passam ao largo, são simples figurantes do enredo. Da mesma forma, há outras que em uma primeira visão não estão lá de corpo, mas fazem parte. E, é claro, há as que estão de todo, de corpo e alma.
No decorrer da vida, se vive várias fases e faces e em cada uma delas depara-se com pessoas com ou sem haver com elas. Existem as ligações e os encontros. As das ligações seguirão junto na estrada da existência, e as dos encontros ficarão no máximo como uma lembrança de alguém que passou por ti.
As pessoas da estrada seguem por todo o caminho ao lado, mesmo que não seja de forma física, mas de energia e alma. São as que vibram na mesma harmonia, não importa a frequência, elas lá estão a vibrar com contigo e por ti.
As energias afins, não são eleitas, são encontradas. Pode-se passar uma vida a procura e não achá-las, mas ao longo da existência certamente se irá com elas topar.
A estrada pode ser difícil, mas elas, as pessoas que vibram junto, farão com que o árduo caminho seja suportável ao infinito gerando energias para que o ser o seu objetivo consiga mirar e não derrapar.
As pessoas da estrada serão eternas na memória, mesmo que não encontradas em alguma fase da existência, o que não será um desencontro e sim um breve descompasso de momento.
Há também aqueles que acham não haver ninguém que possam considerar como as “suas pessoas da estrada”. Pena que não conseguem enxergar, ou o que é pior, são incapazes de sentir os que por ele vibram. Sempre haverá alguém, pois a estrada sempre estará lá com suas energias a pulsarem, mesmo que por ela não se queira trafegar. A vida vive independente do querer, simplesmente segue, e caberá a ti segui-la ou não, por que ela não irá parar ou desacelerar para te esperar, quando passar, já foi.
As pessoas da tua estrada não a construirão por ti, mas sim lá estarão a te dar a mão quando os percalços tiveres que enfrentar, ou para simplesmente rirem e sentirem, não por ti, mas junto de ti os momentos felizes que passares em teu percurso.
A estrada de cada um é única, não reta, mas uma só, por mais desníveis e curvas que possa haver. É o caminho por onde a existência borbulha as energias do universo do SER a cada vida vivida e sentida. Há vários trechos a serem percorridos, mas todos de uma mesma trilha que vai sendo traçada a cada fase do existir.