sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Culpa

A velha e conhecida culpa! 

Companheira de tantos momentos, os quais já não mais lembrados, mas a carrasca da culpa não se deixa esquecer. Mesmo sem saber por que, se sente o nó apertado na garganta que quase sufoca.
Maldita seja!

Culpa bandida sem porque nem pra que, sem propósito, sem questão, sem motivo, sem razão.

Culpa de que afinal? Isso é o que menos importa, o fato é que ela está lá com razão ou sem razão. Ela chega sem fazer alarde, se instala como um bicho sorrateiro disfarçado de justiceiro e vai tecendo sua teia enrodilhando a presa numa culpa sem fim.
Maldita seja!

Culpa cruel, impiedosa, feitora, malvada, perversa.
Obscuro e tortuoso são os caminhos da culpa. Não há saída, não existem respostas, não há consolo.

Culpa por ter...
Culpa por não ter...

Culpa por ser...
Culpa por não ser...

Culpa por culpa, simples e cruel como ela mesmo é.
Insensível, não se abala ao assistir o minguar das energias de quem a sente e no desespero procura uma única resposta para dar em troca da perdida tranquilidade, o que não é possível, pois sempre haverá outra e outra cobrança e a tortura se estende a linha do horizonte.

A culpa é como o fogo, quente, forte, queima e destrói. Mas seu vigoroso poder não resiste ao da água, que mesmo fria e sem consistência pode unir frágeis gotas em um jato gigante e o fogo apagar.
Só se vence a maldita sendo maior que ela!

Nenhum comentário:

Postar um comentário