quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Para morrer basta estar vivo...

Para morrer, basta estar vivo!

Corriqueira esta frase, mas só se dá conta da mesma quando uma morte inesperada, se é que se pode dizer que alguma é esperada, pipoca aos olhos. Aí sim, para-se e pensa-se: - “Nossa, mas como isso foi acontecer, assim tão de repente?”

É fato, a morte não manda recado e nem aceita negociar seu prazo. Seja de que forma for ela chega na hora e no dia marcado por ela própria. E isso vale, indiscriminadamente, para qualquer ser que respire: Tá vivo, então é candidato a receber a visita inevitável de tal senhora.

A notícia de uma morte, muitas vezes desperta um sentimento de querer extinguir tudo que se acha que se esta fazendo de desnecessário. O efeito é como se aparecesse em um letreiro em letras gritantes que o tempo é curto e não será possível viver tudo que se deseja se não forem eliminadas algumas atitudes por completo. E prontamente é feito uma lista com tudo que se julga ter que parar de fazer e até de sentir imediatamente, antes que a bela senhora de ar sóbrio exerça seu poder de condução desta para aonde na realidade, por mais que se estude a respeito, ninguém sabe ao certo onde fica e muito provavelmente não quer saber.

Mas o tempo passa, os dias se seguem e a tal relação de fatos a serem abolidos vai ficando esquecida em um canto empoeirado qualquer da mente onde se armazena as prioridades adiadas até que de repente, sabe-se de uma nova visita da bela senhora e rapidamente a bendita lista é resgatada e com ela o sentimento de ter que se viver tudo e mais um pouco antes de ser o próximo da escala de visitas e ter que ir sem direito a pedido de nem mais um segundo com a tabela dos fatos instituídos como os mais importantes a serem vividos concluídos ou não.


Nenhum comentário:

Postar um comentário